terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Uribe dá garantias ao CICV para libertar reféns e propõe apoio do Vaticano

Bogotá, 12 jan (EFE).- O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, ofereceu hoje garantias ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) para receber seis reféns que serão libertados pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e anunciou que aceitará um fiador designado pela Igreja Católica colombiana ou pelo Vaticano para conseguir essa libertação.


Uribe fez o anúncio antes de viajar a Washington, onde será condecorado amanhã pelo presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, junto com outras personalidades estrangeiras.


"O Governo dará todas as facilidades para que o Comitê Internacional da Cruz Vermelha possa fazer uma contribuição eficaz", disse o líder, em uma breve declaração aos jornalistas na casa presidencial de Nariño, antes de ir para os EUA.


"Se a Igreja Católica em nível nacional, ou inclusive o Vaticano, a Secretaria de Estado do Vaticano, ou a pessoa ou instituição que designar Sua Santidade (Bento XVI), pode ajudar para que ocorra a libertação dos seqüestrados, o Governo autoriza e dará as boas-vindas", disse.


As Farc anunciaram em 21 de dezembro que libertarão, como gesto unilateral, seis pessoas seqüestradas, entre elas dois políticos, mas ainda não deram detalhes do local ou data.


Para essa libertação, o grupo guerrilheiro escolheu a senadora opositora Piedad Córdoba, que há mais de um ano realizou gestões semelhantes, com o apoio do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, enquanto a parte logística ficará a cargo do CICV.


"O tempo todo, o Governo autorizou e deu as boas-vindas às gestões de paz de libertação de seqüestrados realizados pela Igreja Católica", ressaltou Uribe hoje.


Os dois políticos que serão entregues são o ex-governador de Meta Alan Jara, seqüestrado em 2001, e Sigifredo López, um dos 12 deputados de Valle del Cauca retidos em 2002, cujos companheiros foram assassinados em 2007.


As seis pessoas que serão liberadas fazem parte do grupo de 28 seqüestrados, a maioria militares ou policiais, que as Farc querem trocar por cerca de 500 membros da guerrilha presos, se houver um acordo humanitário.

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