quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Médicos acusam uso explosivo experimental por Israel em Gaza

Os médicos noruegueses Erik Fosse e Mads Gilbert, que passaram 11 dias trabalhando num hospital da Faixa de Gaza, acusam o exército de Israel de usar nos seus ataques um explosivo de tipo experimental conhecido como Dime (Dense Inert Metal Explosive), noticia hoje o jornal Aftenposten.

O Dime é uma mistura de um material explosivo e outro químico como o tungstênio e cujo raio de alcance é relativamente curto, mas muito efetivo.

Os dois médicos baseiam as suas acusações nos corpos mutilados que examinaram durante o seu trabalho no hospital de Shifa e que, segundo eles, mostram «claros indícios» de terem sido atacados com esse explosivo.

«Há uma forte suspeita de que Gaza está sendo usada como laboratório de testes para novas armas», disse Gilbert.

Fotos de corpos de palestinos com ferimentos que teriam sido causados por Dime foram enviadas para um centro em Tromso, no norte da Noruega, que, numa primeira análise, deu razão aos médicos.

Gilbert e Fosse regressaram ontem pela tarde a Oslo procedentes de Gaza, aonde chegaram antes do Ano Novo.

Os dois colocaram em dúvida os dados de alguns meios de comunicação ocidentais e denunciaram que o alvo prioritário dos ataques israelitas era a população civil, além de considerar esta invasão pior que a de 1982 no Líbano, onde atuaram também.

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