quarta-feira, 15 de abril de 2009

Filme aborda diamantes 'de sangue'

Documentário apoiado pelo PNUD mostra os prejuízos sociais com a venda ilegal de pedras preciosas em Serra Leoa, 2º pior IDH do mundo-->

da PrimaPagina

Diamantes, cultura hip-hop, conflitos e desenvolvimento social. Estes são os elementos do enredo do documentário “Bling”, que está sendo exibido internacionalmente pelo canal VH1, ligado à MTV. O filme é ambientado em Serra Leoa, na África, e conta com a participação de artistas africanos e norte-americanos, geralmente ligados à cultura hip-hop.

A produção visa alertar os consumidores para o comércio ilegal de pedras preciosas, ao abordar o universo dos chamados “diamantes do sangue” — pedras coletadas em zonas de guerra e, geralmente, vendidas clandestinamente para financiar esforços bélicos.

Durante as filmagens, Pall Wall, Raekown e Tego Calderon — os artistas que participaram do documentário — visitaram minas de diamante e campos de refugiados e conversaram com vítimas dos conflitos. Assim, puderam conhecer mais de perto a influência do comércio ilegal de pedras preciosas sobre a situação social de Serra Leoa, país que é o penúltimo colocado no ranking internacional do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) e amarga o menor Produto Interno Bruto per capita do mundo (US$ 561 dólares).

O crítico quadro social foi agravado pelo comércio ilegal de diamantes, principalmente durante conflitos armados. Desde o fim oficial da guerra, em janeiro de 2002, diversas frentes se mobilizam pela reconstrução do país e pela reestruturação do comércio de diamantes. Uma delas é o PNUD, por meio do projeto Diamantes para o Desenvolvimento, que propõe uma nova maneira de organizar a produção e comercialização das pedras no país, de maneira que o setor possa acelerar o desenvolvimento local.


Trazendo à tona a história dos “diamantes de sangue”, o documentário, produzido pela VH1 Rock Docs, Article 19 Films e pelo PNUD, incentiva as pessoas a se tornarem consumidores responsáveis de pedras preciosas, e mostrar que o hip-hop tem potencial para ser um canal gerador de transformações sociais.

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