quarta-feira, 8 de abril de 2009

Coréia do Norte ameaça tomar "severas medidas"


Um diplomata Norte Coreano avisou que "severas medidas" seriam tomadas caso a ONU exercesse algum tipo de ação contra o seu país depois do lançamento de um satélite no domingo.

O Conselho de Segurança da ONU tem debatido sobre o cabimento ou não de uma punição à Coréia do Norte pelo lançamento.

Os EUA, Japão e as grandes potências européias disseram que o lançamento foi um teste de míssil balístico, em clara violação à resolução da ONU.

China e a Rússia foram mais cautelosas, dizendo que elas ainda não estão convencidas de que Pyongyang quebrou as regras.

Pyongyang disse que o teste do foguete Taepodong-2, de três estágios, foi um sucesso, pondo em órbita um satélite que agora transmite informações e músicas revolucionárias.

Os EUA afirmam que a tentativa falhou.

Próximos passos?

O embaixador da Coréia do Norte na ONU, Pak Tok-hun, avisou ao conselho contra a tentativa de punir pyongyang, insistindo que seu país lançou apenas um satélite- ao invés de um míssil- nesse fim de semana.

Se os 15 membros do CS tomarem "qualquer tipo de ação, nós vamos considerar-la como uma infração sobre a soberania de um país," ele disse, ameaçando tomar "medidas severas e necessárias".

Ele não especificou o tipo de medidas que seriam tomadas

"Todo país tem o direito inalienável de usar o espaço pacificamente," ele adicionou.

Os EUA, Coréia do Sul e Japão disseram que o lançamento viola a resolução do CS nº 1718, adotada em outubro de 2006, que proíbe a Coréia do Norte de conduzir atividades relacionadas a mísseis balísticos.

O Japão e os EUA estão pressionando por uma resolução do CS que iria reforçar a possibilidade de extender as sanções existentes contra a Coréia do Norte, aplicadas após o teste nuclear do país em 2006.

Sanções financeiras e uma proibição de viagens para os Norte Coreanos envolvidos em programas de armamentos nunca foram de fato aplicadas.

E é questionavel o quão efetivo o embargo de armas foi, diz a correspondente da BBC na ONU, Laura Trevelyan, já que a Coréia do Norte tem a tecnologia de lançar um satélite.

Moscou afirma que o teste de Domingo foi causa para preocupação, mas alertou contra "conclusões precipitadas", enquanto a China disse que Pyongyang tem o direito de possuir um programa espacial pacífico.

Aliada de longa data da Coréia do Norte, Pequim se opõe a mais sanções, dizendo que elas seriam contraproducentes.

A China pode considerar até a declaração de repetição das sanções existentes como provocativo.

Pode até ser que tudo que as grandes potências irão concordar sera uma declaração, ao invés de uma resolução, que é uma forma muito mais forte e legal de ação, afirma nossa correspondente.

A Inglaterra ainda não pediu por uma resolução, reinterando a necessidade de uma forte resposta do Conselho, provavelmente para se safar caso uma declaração seja tudo que aconteça, ela diz.

As discussões na ONU continuam.

Fonte: BBC News


Nota do tradutor: guerra fria 2 está a caminho!

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