sábado, 11 de abril de 2009

ANISTIA INTERNACIONAL CRITICA DECLARAÇÃO DA CÚPULA DAS AMÉRICAS

BUENOS AIRES, 30 MAR (ANSA) - A Anistia Internacional (AI) criticou nesta segunda-feira a falta de espaço destinado aos direitos humanos na declaração que está sendo preparada pelos países que participarão da 5ª Cúpula das Américas, em Trinidad e Tobago.

A organização, que tem sua sede em Londres, divulgou uma série de recomendações para "melhorar" a declaração oficial. Uma delas é o pedido de inclusão no texto da Cúpula, que será realizada entre 17 e 19 de abril, do fim do embargo norte-americano a Cuba.

Para a AI, a política dos Estados Unidos em relação à ilha caribenha "impede que os cubanos desfrutem dos direitos humanos e dos direitos à saúde, educação e moradia".

"O rascunho da declaração que está sendo levado à Cúpula das Américas é decepcionante", lamentou Susan Lee, diretora do Programa para as Américas da AI.

"É só por meio de compromissos claros para fortalecer a proteção dos direitos humanos que os governos poderão realmente melhorar as vidas de seus cidadãos. Se os líderes faltam em colocar os direitos humanos no centro a cúpula, estarão pondo a vida de milhões em risco", assegurou.

Em seu documento, a AI destaca que a declaração oficial ressalta muitos temas importantes, porém precisa reforçar a importância dos direitos humanos. A organização cobra a presença de temas como a pobreza, os projetos energéticos, o funcionamento das empresas, a mudança climática, a segurança pública e o reforço da democracia.

Entre esses itens, a AI ressalta a necessidade de um "compromisso claro para abordar os altos níveis de mortalidade e a provação sofrida por milhões de pessoas que vivem em bairros periféricos das Américas".

Sobre a presença das empresas nas Américas, a AI pede uma "legislação forte para fazer com que as empresas prestem contas sobre o potencial impacto negativo que suas operações podem causar nos direitos humanos".

Lee deu ênfase "aos direitos das pessoas que vivem nos bairros de periferia, de povos indígenas que correm o risco de serem tirados de suas terras".

A AI enviará uma delegação oficial à Cúpula das Américas e à Cúpula dos Povos, que será realizada entre os dias 14 e 16 de abril. (ANSA)

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