Ofensiva aérea e terrestre continua; número de mortos passa de 900
O presidente da Cruz Vermelha Internacional, Jakob Kellenberger, visitou a Faixa de Gaza nesta terça-feira (13), durante uma breve trégua de três horas no conflito entre Israel e militantes palestinos, para avaliar a extensão da crise humanitária no território.
Nesta manhã, Kellenberger foi até o principal hospital do território, e também se encontrou com funcionários da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho.
Ainda nesta terça-feira, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, chega ao Oriente Médio para um giro que deve incluir encontros com líderes de Israel, Egito, Jordânia e Síria, além de uma reunião com o presidente palestino Mahmoud Abbas na Cisjordânia.
Ele fez um apelo para que Israel e o movimento palestino, Hamas, suspendam os combates na Faixa de Gaza imediatamente.
"Minha mensagem é simples, direta e precisa: os combates têm que parar", afirmou. "Em Gaza, as próprias bases da sociedade estão sendo destruídas: as casas das pessoas, a infra-estrutura civil, as instalações de saúde pública e escolas."
Novos ataques
O Exército de Israel disse ter atacado mais de 60 alvos em Gaza durante a noite e na manhã desta terça-feira, inclusive túneis e locais que seriam utilizados para o lançamento de foguetes pelo grupo palestino Hamas.
Em solo, tropas israelenses continuam avançando pelos subúrbios do sul e do leste da Cidade de Gaza. A região oeste da cidade foi atacada por navios israelenses.
Já o Hamas diz ter destruído dois tanques israelenses - o que Israel negou.
Funcionários dos serviços de saúde palestinos dizem que pelo menos 920 pessoas foram mortas desde o início da ofensiva, há 18 dias - cerca de 30% delas são crianças.
O grupo palestino de defesa dos direitos humanos Al-Mizan, que atua em Gaza, afirmou que mais de 90 mil pessoas deixaram suas casas para tentar fugir dos bombardeios israelenses.
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
Diretor da Cruz Vermelha avalia crise em Gaza
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