sábado, 14 de março de 2009

Resumos no ar!

Se você adora aqueles programas de ficção científica, discovery channel, questões religiosas e muita polêmica, nossa dica de comitê é a UNESCO. Discutindo um dos tópicos mais polêmicos entre cientistas, Estadistas, filósofos, teólogos... A Clonagem. Será que ao banir a clonagem terapêutica os Estados estão fechando as portas para cura de doenças como câncer e mal de Parkinson? Por outro lado, os que defendem a clonagem reprodutiva entendem plenamente o que está em jogo? Será que clonar é brincar de Deus? Entretanto, não fazer o possível para salvar o paciente não vai contra o juramento que os trabalhadores da área da saúde fazem? São muitas perguntas, há muito em jogo... O quanto vocês estão dispostos a apostar?

UNESCO

Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura
Comitê de Bioética: o Debate sobre Clonagem Humana

Diretores:
Márcia Lima
Tamara Sbragio Ganem

Email: unesco@mirin-puc.com

Uma das mais controversas e revolucionárias novidades da história recente é a clonagem humana. Raras questões repercutem tão intensamente na sociedade, gerando tanto debate, quanto as possibilidades oferecidas pela engenharia genética.

O grande desafio enfrentado pela bioética é conciliar o saber humanista com o saber científico. Manipular o desenvolvimento de um ser humano e desvendar todos os segredos escondidos nos genes pode agredir valores de diversos grupos que duvidam de um mundo onde as leis naturais, ou as leis de Deus, podem sofrer a interferência humana. O desafio levantado pela clonagem humana coloca em choque valores considerados imutáveis por diversas culturas e a constante necessidade de se repensar convicções anteriores exigida pelo avanço científico.

Enquanto cientistas afirmam que a clonagem pode abrir caminho a novos tratamentos para doenças como os Mais de Parkinson e Alzheimer, e a diabetes, por outros grupos da sociedade civil e governos argumentam que tal prática atinge diretamente a dignidade humana, a identidade do indivíduo e, possivelmente, a diversidade genética e a própria integridade da espécie. Frente a estes argumentos, algumas perguntas tornam-se prementes: até que ponto a ciência é livre para desenvolver suas pesquisas? Valores sociais e éticos devem limitar as possibilidades da ciência?


Diante desse complexo contexto, os delegados do Comitê de Bioética da UNESCO deverão levar em conta interesses econômicos, políticos e culturais das diversas nações, a fim de estabelecer diretrizes que proporcionem equilíbrio entre a dignidade humana e a liberdade de pesquisa e o avanço da ciência. Sendo questão que ultrapassa os simples limites da técnica e da ciência e avança sobre o campo da moral e dos princípios de diversas culturas, a clonagem humana exige certo grau de governança internacional, ou seja, de coordenação das diversas políticas nacionais no campo. É neste espírito que, no desenrolar dos debates, os delegados deverão encontrar soluções concretas, preparando a sociedade para lidar com esta nova tecnologia que pode ser enorme fonte de benefícios para todos, mas que ainda encontra-se cercada de polêmica e incertezas.

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