domingo, 30 de novembro de 2008

Durante a Guerra Civil em Serra Leoa

Em Serra Leoa, durante a guerra civil, os dois principais grupos rebeldes raptaram meninas, algumas com apenas sete anos, forçando-as à escravidão sexual.

Muitas destas meninas ficaram traumatizadas e têm medo de admitir o que lhes aconteceu ou não têm acesso aos programas de ajuda. Mas aos poucos continuam a contar as suas histórias.

Agora, com 12 anos de idade, uma jovem, que prefere que lhe chamem Aminatta, começou a receber aconselhamento para as vítimas de violação sexual por parte de um gangue. Ela diz que uma amiga lhe falou do centro, na cidade de Makeni, dirigida pela organização não-governamental Ação para as Crianças em Conflito. Esta agência oferece conselhos médicos e legais às crianças vítimas de abusos sexuais.

“Eu tinha cerca de 10 anos quando fui violada pelo meu irmão e um grupo de quatro rapazes mais velhos. Mais tarde, quando ouvi falar deste centro, decidi vir até cá e contar o que me aconteceu. Desde então eles têm-me aconselhado.”

Aminatta não vê o irmão desde a violação, e diz que ele fazia parte dos Rebeldes da Frente Revolucionária Unida, apesar de na altura da violação ele não ser muito mais velho que ela.

Os grupos rebeldes recrutavam crianças soldados, injectando-lhes drogas para eles combaterem melhor. A violência sexual era usada como uma arma, e os familiares eram forçados a verem as suas filhas e mulheres serem violadas, ou eram eles mesmos forçados a violá-las.

Ainda hoje se continuam a registar ataques sexuais na Serra Leoa.

O responsável pela proteção da UNICEF, Donald Shaw estima que ocorram por ano cerca de três mil casos de abuso sexual, na sua maior parte cometidos por familiares ou amigos. Mas, Shaw acredita que a violência sexual que se registou durante a guerra faz com que as pessoas agora falem contra isso.

Segundo ele a violação sexual indiscriminada de crianças levou a que as pessoas vejam o horror do ato.

Através de campanhas, organizações como a UNICEF estão a consciencializar as pessoas para o abuso sexual na sociedade e mais vítimas começam a quebrar os tabus sociais e começam a falar sobre o abuso.

Um conselheiro para casos de violação sexual do grupo Action for Children in Conflict, Sadama Michaels, diz que a organização começou a oferecer apoio legal gratuito a crianças que queiram levar o seu caso a tribunal.

“Temos alguém que é advogado e não deixamos que estes casos fiquem assim. Queremos dizer aos pais que quando estas coisas acontecem não devem manter em segredo, deixem que se saiba para que se possam levar os responsáveis perante a justiça.”

Recentemente, um jovem ganhou o seu caso em tribunal, usando os serviços desta organização. Era um caso contra um vizinho a quem ela acusou de a ter violado sexualmente.

Apesar das leis sobre o abuso sexual na Serra Leoa não terem mudado, elas começam a ser usadas e as queixas das crianças são agora levadas a sério. Por forma a acomodar as vítimas, a polícia e os serviços sociais começaram a receber treino em como devem responder a casos de abuso sexual.

Mais informações sobre o conflito em Serra Leoa:http://www.terra.com.br/istoe/1598/internacional/1598idade.htm

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Independent Abkhazia



After Georgian independence, Abkhazia became the Abkhazian Autonomous Republic. The distribution of territory and the past policies of tsarist and Soviet rule meant that in 1989 the Abkhaz made up only 17.8 percent of the population of the autonomous republic named for them (compared with 44 percent Georgians and 16 percent Russians).


For two centuries, the Abkhaz had still viewed Russia as a protector of their interests against the Georgians, and tensions in Abkhazia led to open warfare on a much larger scale than in South Ossetia. In July 1992, the Abkhazian Supreme Soviet voted to return to the 1925 constitution under which Abkhazia was separate from Georgia. In August 1992, a force of the Georgian National Guard was sent to the Abkhazian capital of Sukhumi with orders to protect Georgian rail and road supply lines, and to secure the border with Russia. The Government of Georgia deployed 2,000 Georgian troops in Abkhazia. When Abkhazian authorities reacted to this transgression of their self-proclaimed sovereignty, hundreds were killed in fighting between Abkhazian and Georgian forces. Fierce fighting resulted in some 200 dead and hundreds wounded. Large numbers of refugees fled across the border into Russia or into other parts of Georgia. The Abkhaz leadership abandoned the Abkhaz capital of Sukhumi and retreated to the town of Gudauta.

A ceasefire agreement was reached on 3 September 1992 in Moscow by the Republic of Georgia, the leadership of Abkhazia and the Russian Federation. The agreement stipulated that "the territorial integrity of the Republic of Georgia shall be ensured". It also set out, as the basis of the peace settlement, a ceasefire to take effect as of 5 September 1992 and other issues including, inter alia, the disarming of illegal armed formations, the reduction of the armed forces and the exchange of prisoners. The agreement, however, was never fully implemented. The situation remained very tense with both sides accusing one another of ceasefire violations. On 1 October 1992, the ceasefire collapsed and the fighting resumed. The Abkhaz forces, supported by fighters from the North Caucasus region, quickly captured the major towns, and threatened to bring nearly 80 per cent of Abkhazia, including the capital city of Sukhumi, under their control. The raging fighting forced some 30,000 civilians to flee across the border to the Russian Federation. The parties to the conflict accused one another of human rights violations committed against the civilian population. By November 1992, the outbreak of inter-ethnic fighting in the North Caucasus region of the Russian Federation added another dimension to the already tense situation in the area.

On 24 August 1993, the Security Council, by resolution 858 (1993), decided to establish the United Nations Observer Mission in Georgia (UNOMIG), comprising up to 88 military observers, plus minimal civilian support staff, to verify compliance with the ceasefire agreement. The ceasefire, however, broke down again on 16 September 1993. Abkhaz forces, with armed support from outside Abkhazia, launched attacks on Sukhumi and Ochamchira. Notwithstanding the Security Council's call for the immediate cessation of hostilities and its condemnation of the violation of the ceasefire by the Abkhaz side, fighting continued. In the next few days, the military situation developed rapidly. On 27 September, the Abkhaz side occupied Sukhumi and a few days later all of Abkhazia. In September 1993 Abkhazian forces besieged and captured Sukhumi and drove the remaining Georgian forces out of Abkhazia. Russia was actively involved in Abkhazia's secession, helping the separatists with fuel supplies, arms shipments, and direct military support. Moscow's intervention eventually resulted in the small, poorly trained Abkhaz forces driving the Georgian army beyond the Inguri River that separates the region from the rest of the country.

Once the Abkhaz separatists won control of Abkhazia, hundreds of thousands of civilians, mostly Georgians, were displaced. Most ethnic Georgians, a large plurality of the population, were expelled or fled the region.



Source: globalsecurity.org



quarta-feira, 26 de novembro de 2008

UE propõe pacote de estímulo de 200 bilhões de euros

Plano inclui cortes de impostos e recursos para setores como o automotivo e ainda tem de ser aprovado.

BRUXELAS - A União Européia (UE) propôs um pacote de gastos governamentais de 200 bilhões de euros (US$ 259 bilhões) para evitar uma crise econômica desastrosa, numa decisão que deve testar os limites para os déficits orçamentários da UE. A proposta da Comissão Européia, o braço executivo da UE, pede que os governos nacionais do bloco contribuam com 170 bilhões de euros. A Comissão e o Banco de Investimento Europeu, a agência de crédito de longo prazo da UE, deverão aportar o restante.

Alguns dos estímulos fiscais incluem propostas que já foram anunciadas pelos governos da UE, disse o presidente da Comissão, José Manuel Barroso, em entrevista coletiva. Líderes do bloco vão estudar o plano em uma cúpula nos dias 11 e 12 de dezembro e Barroso enfatizou que os governos devem olhar com atenção a proposta.

 

"Nossa atitude é de oferecer uma série de ferramentas", disse Barroso a jornalistas sobre o pacote de propostas equivalentes a 1,5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) do bloco. O plano inclui cortes de impostos ao consumo e recursos para setores como o automotivo.

 

"As medidas que os Estados-membros estão introduzindo não precisam ser idênticas, mas precisam ser coordenadas." França, Grã-Bretanha e outros vários países da UE já adotaram esforços nacionais para impulsionar suas economias.

 

Segundo Barroso, não está claro se o esquema - mais ambicioso que o pacote de 1% do PIB que vinha sendo falado - será suficiente. Economistas manifestaram ceticismo sobre como o plano pode ser gerenciado.

 

A Alemanha já disse que resistiria a qualquer tentativa de coordenar cortes de impostos sobre vendas pelo bloco, enquanto países do leste europeu, como Polônia, não querem aumentar seus déficits porque precisam mostrar disciplina orçamentária para adotar o euro como moeda.

 

A chanceler alemã, Angela Merkel, alertou nesta quarta-feira contra uma competição entre os países para produzir grandes pacotes de estímulo para suas economias. "Nós não devemos entrar em uma corrida por bilhões", disse.


A Comissão deixou espaço para que os governos nacionais excedam o limite da UE para os déficits orçamentários, de 3% do PIB, sem dar início a procedimentos especiais, desde que os déficits sejam temporários e apenas levemente superiores ao limite. "Perto (do limite) significa alguns décimos, não muitos décimos", disse o comissário de finanças da UE, Joaquin Almunia. As informações são da Dow Jones.


Estadão: http://www.estadao.com.br/economia/not_eco283934,0.htm

Japoneses conseguem clonar camundongo congelado há 16 anos

Experimento abre possibilidade de ressuscitar espécies extintas. Cientistas conseguiram também derivar células-tronco do animal.

Se uma clonagem qualquer já tem um pouco cara de ficção científica, o que dizer do último feito de cientistas japoneses? Eles conseguiram clonar camundongos que estavam congelados havia 16 anos. O sucesso já anima os pesquisadores, que começam a ver mais chances de "ressuscitar" espécies extintas. 

O sucesso é especialmente notável se levarmos em conta as condições dos camundongos. Nenhuma substância protetora foi usada no processo de congelamento, de forma que as células dos bichos foram bem esbodegadas. Eles passaram 16 anos assim, a -20 graus Celsius, até serem resgatados para a pesquisa. 

Os japoneses, liderados por Teruhiko Wakayama, do Centro de Biologia de Desenvolvimento da Riken, em Kobe, procuraram núcleos celulares que parecessem menos estragados para tentar a clonagem, com duas linhagens de camundongos. Acabaram descobrindo, no processo, que as células cerebrais são as mais aptas para esforços do tipo. 


terça-feira, 25 de novembro de 2008

ONGs pedem que Sarkozy mobilize a Europa para proteger civis na RDC

Paris, 25 nov (EFE).- Diversas ONGs solicitaram hoje ao presidente francês, Nicolas Sarkozy, cujo país está na Presidência rotativa da União Européia (UE), uma urgente mobilização na Europa e na França para proteger a "população civil vítima do conflito na República Democrática do Congo (RDC)".


Em comunicado, a Federação Internacional de Direitos Humanos, a Human Rights Watch, a Anistia Internacional França, a Oxfam France e a Ação dos Cristãos pela Abolição da Tortura ressaltaram a necessidade de reforçar imediatamente a Missão das Nações Unidas na República Democrática do Congo (Monuc).


"O reforço da Monuc foi votado, mas levarão meses para que as tropas suplementares estejam mobilizadas no terreno de maneira efetiva", disseram as ONGs no comunicado, acrescentando que "garantir a proteção das populações civis implica em reforçar a presença militar".


As ONGs colocarão um cartaz na Esplanada dos Direitos Humanos, em Paris, com o lema: "O tempo está acabando para a população da República Democrática do Congo. O senhor Sarkozy tem que reagir já!".


Simultaneamente, membros da Anistia Internacional e da Oxfam Reino Unido se reunirão em frente ao escritório do primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, para pedir a mesma mobilização. EFE

Comércio global cai pela primeira vez desde 2001


Depois de anos em plena expansão, o comércio mundial vai sofrer retração em 2009. Essa será a terceira vez em 32 anos que as exportações mundiais terão queda. Em 2008, o comércio entre as grandes potências já está no vermelho diante da recessão nas economias ricas e os dados positivos apenas estão sendo mantidos no total mundial graças aos mercados emergentes.


Para 2009, dados preliminares da Organização Mundial do Comércio (OMC) apontam uma retração das exportações mundiais. Se a queda se confirmar, ela será a primeira em sete anos. Desde 1976, o comércio mundial sofreu uma retração em apenas outras duas ocasiões: 1982 e 2001. Os fluxos de bens entre Estados Unidos, Europa e Japão já estão menores do que em 2007, algo que não ocorria desde o início da atual década. Para especialistas, o Brasil não escapará e as exportações nacionais serão afetadas.


A recessão na Europa, por exemplo, faz desabar as importações dos 27 países do bloco e a previsão é de que o mercado europeu esteja em seu pior momento em seis anos. As perspectivas são uma ameaça suplementar às exportações brasileiras para um de seus principais mercados no mundo para bens agrícolas. Já em outubro, a taxa de crescimento das vendas brasileiras para o mercado europeu caiu em relação aos meses anteriores. Dados divulgados no fim de semana pelo principal instituto de pesquisas sobre comércio na Europa, o Escritório Holandês de Avaliação Econômica, apontam que as importações vão aumentar apenas 3% em 2008. Para 2009, o fraco desempenho será mantido, afetando as exportações dos países emergentes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Índia e Myanmar para expandir cooperação de segurança


First Published : 24 Nov 2008 09:12:00 PM IST

Nova Delhi


A Índia pediu a Myanmar, um país do sudeste asiático rico em gás, para avançar com os processos democráticos, mesmo quando as duas nações concordaram em expandir uma cooperação de segurança para combater grupos insurgentes e contrabando de armas.

"Ambos os países enfatizaram a necessidade para uma maior vigilância na fronteira e concordaram em aprimorar uma cooperação de segurança para combater grupos insurgentes e o tráfico de armas", disse o ministro de relações exteriores em um comunicado segunda-feita, depois de dois dias de reuniões entre os dois países.

A secretária de relações exteriores Shivshankar Menon participou das reuniões com o ministro de relações exteriores de Myanmar que duraram até domingo.

As conversas cobriram uma ampla gama de questões bilaterais, incluindo questões de segurança e de fronteiras, cooperações de comércio e econômicas, e cooperações de projetos bilaterais de desenvolvimento, energia, educação e treinamento.

Eles também reforçaram a decisão tomada em um comitê conjunto de comércio que aconteceu em Outubro, que incluia converter o comércio na fronteira dos dois países em um comércio normal, abrindo um ponto de comércio em Avakhung, em Nagaland, e expandindo os produtos comerciáveis existentes atualmente de 22 para 40.

Sob uma pressão internacional crescente para usar sua influência e persuadir Myanmar em adotar reformas democráticas, a Índia também apelou para acelerar o processo de reconciliação nacional em Myanmar, dizem fontes oficiais.

A Índia esta encorajando Myanmar a adotar reformas políticas de acordo com o caminho usado pela liderança Myamarense anos atrás;

Os laços de cooperação de energia entre os dois países estão crescendo. Ambos assinaram recentemente um acordo para o desenvolvimento dos projetos das hidroelétricas de Tamanthi e Shwezay no rio Chindwin, em Myanmar.

Outros projetos de energia incluem a renovação do projeto da hidroelétrica de Tahtaychaung, a construção de linhas de transmissão, substituição de transformadores danificados duranto o Ciclone Nargis, suprimentos de gás e energia solar.

24 de Novembro de 2008

Fonte: http://www.expressbuzz.com/

COMITÊS MIRIN 2009

FIM DO SUSPENSE!!! Aí estão os comitês:


+ Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados Histórico (ACNURH): a Reatriação dos Refugiados no Camboja em 1992;

+ Conselho Europeu (CE) : A Problemática do Oriente Médio e a Revisão da Política Européia de Segurança e Defesa (PESD)

+ Conferência de Mudanças Climáticas de Copenhagen (COP-15): Regime pós-Quioto

+ Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) : A questão de Mianmar

+ Organização Mundial do Comércio (OMC) : Novos caminhos na Liberalização da Agricultura e Bens Industriais

+ Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) : Reconstrução e Desenvolvimento pós-Guerra Civil - O Caso de Serra Leoa

+ Organização das Nações Unidas para Educação Ciência e Cultura (UNESCO): Comitê de Bioética - Debate sobre Clonagem Humana

+ United Nations Historical Security Council (UNHSC): The issue on Abkhasia, Georgia (1993)

+ Comitê de Organizações Não-Governamentais

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Irã testa novo míssil terra-terra, dizem TVs oficiais



REUTERS

TEERÃ - O Irã testou um míssil terra-terra de uma nova geração, afirmaram meios de comunicação oficiais do país na quarta-feira, e o presidente iraniano voltou a dizer que a República Islâmica vai esmagar qualquer potência que agir contra ela.

As Forças Armadas iranianas realizaram vários exercícios nos últimos meses, período durante o qual houve especulação sobre a possibilidade de os norte-americanos ou os israelenses atacarem a República Islâmica devido a seu polêmico programa nuclear.

O ministro da Defesa do Irã, Mostafa Mohammad Najjar, disse que o míssil, fabricado no Irã e chamado Sejil, tem 'capacidades extremamente altas' e alcance de 2 mil quilômetros. Segundo ele, o míssil foi fabricado com pretensões meramente defensivas.

- Esse teste de míssil está dentro da estrutura de dourtrina de disuassão do Irã - disse o ministro segundo a agência de notícias IRNA. De acordo com o ministro, o teste não tem relação com eventos internacionais recentes.

A emissora iraniana Press TV, que realiza suas transmissões em inglês, disse que o míssil é de um tipo que usa combustível sólido misto e mostra a capacidade do Irã de 'defender seu solo'.
Imagens da emissora mostraram a míssil saindo de uma plataforma deixando para traz um longo rastro de fumaça.O teste acontece um dia depois de a Guarda Revolucionária, segundo reportagens, haver testado um novo míssil, chamado Samen, perto da fronteira com o Iraque.

- Eles fazem isso (testes com mísseis) o tempo todo. É o machismo iraniano - disse Tim Ripley, analista da publicação especializada Jane's Defence Weekly.

Os EUA e seus aliados do Ocidente suspeitam que o Irã esteja tentando desenvolver armas nucleares, uma acusação negada pelo governo iraniano.O Irã prometeu responder a quaisquer ataques a seu território investindo contra alvos norte-americanos e israelenses, bem como fechando o estreito de Ormuz, importante rota de passagem de carregamentos de petróleo.

Ex-Presidente de Taiwan é preso









O ex-presidente de Taiwan foi formalmente preso por conexão com um caso de lavagem de dinheiro.




Chen Shui-bian, 58, que foi presidente do ano 2000 até Maio desse ano, foi formalmente preso após ter sido detido na terça-feira, disse seu porta-voz na quarta-feira.


Chen, que foi questionado por mais de cinco horas na Terça no escritório de promotoria da Suprema Corte na Taipei central, é o primeiro ex-presidente de Taiwan a ser formalmente levado para custódia.


Ele é acusado de lavagem de dinhero, desvio de fundos do governo, aceitar subornos e forjar documentos, acusações que podem acarretar um mínimo de cinco anos de prisão, disse o porta-voz da investigação.


Ele negou todas as acusações.


A família de Chen e suspeita de enviar pelo menos T$ 1 bilhão (30,4 milhões de dólares) para o Japão, os EUA, as Ilhas Cayman, Cingapura e Suiça, entre outros lugares, disseram os jornais de Taiwan, citando o escritório de promotoria da Suprema Corte.




Alegação de armação política




Chen disse que os processos movidos contra ele estão conectados com as tentativas de seu sucessor, Ma Yinh-ieou, de acalmar a China, após violentos protestos semana passada contra um enviado chinês em visita ao país.


Levantando suas mãos para mostrar à mídia suas algemas enquanto ele deixava o escritório da promotoria na terça, Chen declarou: "Vida longa à democracia Taiwanesa! Vida longa à independência Taiwanesa!"


Dúzias de colaboradores de Chen se reuniram fora do escritório da promotoria durante o interrogatório, com a tropa de choque da polícia preparada para preveni-los de entrar no prédio.


Chen, um forte defensor da independência para com Pequim, foi substituído por Ma, que se tornou o presidente de Taiwan mais cedo esse ano à pedidos de melhorar a economia problemática entre grande descontentamento com Chen, que frequentemente provocava a China, divergindo não somente Pequim, mas o importante aliado de Taiwan, os EUA.


China proclamou a Taiwan independente como seu próprio território desde o final da guerra civil chinesa em 1949, e clamou trazer a ilha sob seu controle, pela força se necessário.



segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Top UN official interviewed on global aid challenges

DUBAI, 10 November 2008 (IRIN) - John Holmes, UN under-secretary-general for humanitarian affairs and emergency relief coordinator, has been in Dubai attending the inaugural Summit on the Global Agenda held by the Geneva-based World Economic Forum (WEF) in partnership with the government of Dubai (7-9 November).

Billed as a gathering of the world's 700 most innovative and relevant minds - leaders from academia, business, government and civil society from around the world - its aim was to collaboratively address some of the key issues on the global agenda. While in Dubai, Holmes talked with IRIN.

IRIN: How useful are gatherings such as the WEF? Many see them as jamborees and at best as talking shops since they lack the mechanisms for implementing any decisions reached.


John Holmes (JH): Of course they are talking shops but this particular one, which is a sort of global brainstorming, is the start of a process rather than an end in itself. The idea is you take what you can learn from these discussions back into your own organisation, back into your own field and try and make some of the linkages which exist. One of the things we were talking about quite a lot was the way in which different experts exist in their silos without really making any contact with people in the other silos -even though the cross-cutting issues are very clear. We saw some evidence of that just in the humanitarian side, for example. Discussing with those dealing with migration, we found they weren’t even talking about the humanitarian consequences of climate change which include, we fear, much bigger scale migration. So we were able to plug them into that and say: `what we would like from you is some better statistics about what might happen.’ So I think there are some useful linkages which can turn into real things as well as just talking shop.

Preparedness and empowerment

IRIN: You are on the WEF Council on Humanitarian Assistance. What specific ideas have you brought to the council in terms of climate change and food insecurity?

JH: What we were discussing was the need to do two things which aren’t exactly new ideas but we were trying to formulate them in a reasonably coherent way. One is to spend a lot more time and effort on what you might call the upstream side - the prevention, the disaster risk reduction, the preparedness side so that there is more effort and more resources and more thought going into that, rather than concentrating too much on the response side after the event - which is necessary because you need to help people when they’re in their moment of need but it is not a very good investment because you can’t solve any problems that way. And the second related thought is to try to empower national governments, local communities, maybe regional organisations - to make them have more capacity, be more empowered, so that the international community doesn’t need to intervene so much and can reserve itself for cases of really major need. So those two things go together if we can get that combination right. It is what we try to describe as a new business model for humanitarian assistance. These thoughts have been had before but we are trying to encapsulate them in a new way.

IRIN: But what has hindered this development? Kofi Annan when he was UN secretary-general talked about the need for humanitarians to move from a culture of response to a culture of prevention. This has not happened yet.

JH: I think it is something to do with human nature. In our personal lives we know that prevention is better than cure, prevention health is better than response afterwards, but we don’t actually behave in ways which correspond to that. I think similarly governments and international institutions know in theory that it’s much better to invest more and do more on the prevention side but they don’t actually do it. You have to convince finance ministers, you have to convince presidents and prime ministers that they need to invest in something the results of which will only be seen in 10 or 15 years when they may no longer be in power. That is quite a tricky thing to do. So you’ve got to have your arguments marshalled. You have got to be able to prove to them - as we hope to be able to do in the new study which is under way - that this is actually a really good investment because there are going to be more and more disasters from climate change and hence the importance of the disaster risk reduction agenda because of the link to climate change. I think climate change was the other big theme of this discussion. As someone put it in the end: `It’s the climate, stupid!’ It is not the financial crisis or the economic crisis which is really fundamental, it is the climate. Impact of global financial crisis

IRIN: How far has the global financial turmoil affected overall humanitarian aid?
JH: So far it is not affecting it but you wouldn’t expect that - the crisis has really only just started. The consequences would be felt - if they are felt - in government budgets, in aid budgets perhaps next year, perhaps more in 2010 because it may take time to filter through. But we don’t know that; that is only a fear. What we are trying to do is to give out a strong message that whatever the pressures may be, whatever the pressures in terms of bailouts or economic slowdown - and therefore the need to spend more on unemployment benefits or whatever it might be - please do not cut these development and humanitarian budgets.
Bilateral versus multilateral aid

IRIN: In your discussions with leaders of the Gulf countries, for example, how responsive have you found them to be on issues of humanitarian concern as they live in very safe and secure environments?

JH: I haven’t been talking to them on this particular trip because I have been engaged in these WEF discussions but we do talk quite a lot to them. I think what you see here is generous humanitarian impulses and a desire to help in particular areas, but those impulses and the resources that come from them are not then channelled through what we regard as the best channels, which are multilateral channels. There is a long entrenched tradition here of giving aid bilaterally. I have no problems with that. But we are trying to encourage the countries of this region in particular (a) to channel more funds into humanitarian causes but (b) to channel more of what they do give through the multilateral channels because we believe that is the most effective way of doing it and also where they will get more credit for what they do do.

Climate change, food

IRIN: What are the main humanitarian challenges the world is facing?

JH: I think the long-running conflicts take an enormous amount of time, resources and effort and they will remain challenges. They may not get any bigger as drivers of humanitarian problems but they are there. The biggest problem for the future is probably climate change because it is going to produce more and bigger disasters and that’s going to be an accelerating trend for the next 20, 30, 40, 50 years. Whatever they do about reducing greenhouse gas emissions isn’t going to change the reality of climate change for a very long time so those extra disasters, the extra droughts, the sea-level rise, the problems which could be gigantic of glacial melt in the Himalayas - those could produce humanitarian disasters of a scale we have never seen at least in recent years. The Tsunami may pale into insignificance. And then there is the food crisis which has not gone away at all, particularly in developing countries. So there is a need to increase the amount of food and nutritious assistance we can give to the most vulnerable groups, but also a massive need to increase investment in developing countries in small-holder agriculture because otherwise we are not going to tackle that problem successfully.

Disaster fatigue?

IRIN: Do you think there is a general public fatigue in the West to humanitarian crises as depicted on TV screens?

JH: Perhaps, perhaps but we are aided, if you like, by the fact that the news media like bad news and disasters so they do tend to cover it. Maybe you can see that there is a desire maybe for new images. One of the striking things this year is that we have had yet again quite serious drought in parts of Ethiopia which is not being covered by the media in the same way that it was covered 10 or 20 years ago. Partly that is because our response to that drought has become better so people are not dying in the same way. It’s not a famine in the way it was in the 1980s and 1990s which gave rise to Live Aid and all those things. But I think there is partly a sort of fatigue there which we need to be careful of. Luckily there isn’t a donor fatigue at the moment at least. I think we will see what happens with the financial and economic crisis but donors have been relatively generous in recent years in contributing to humanitarian causes even though we rely on a very small number of them.

Explosões deixam ao menos 28 mortos em Bagdá

Pelo menos 28 pessoas morreram em um ataque coordenado de bombas em Bagdá nesta segunda-feira, no que está sendo considerado o incidente mais violento no Iraque dos últimos meses.

Segundo a polícia, dois carros-bomba explodiram em Kasrah, uma vizinhança majoritariamente xiita do bairro sunita de Adamiya.

Quando, no local, se formou uma multidão para ajudar os feridos, um homem-bomba detonou seus explosivos. Quase 70 pessoas ficaram feridas.

A tática de detonar bombas coordenadamente, para causar o maior número possível de vítimas, é uma característica dos ataques da rede extremista Al-Qaeda no Iraque desde o início da invasão comandada pelos Estados Unidos, em 2003.

Al-Qaeda

Nenhum grupo assumiu a autoria do atentado, mas especula-se que os ataques desta segunda-feira tenham sido uma tentativa da Al-Qaeda de reviver tensões sectárias em bairros de Bagdá onde convivem xiitas e sunitas.


Grupos de insurgentes sunitas armados que chegaram a pertencer à rede extremista passaram a receber salários do governo para ajudar a expulsar a Al-Qaeda em várias regiões do país, incluindo o distrito de Adamiya.

A iniciativa de cooptar grupos sunitas foi vista como uma estratégia americana que acabou ajudando a diminuir a violência no Iraque desde o ano passado.

Ao contrário do que acontecia durante os primeiros anos da ocupação, insurgentes ligados à Al-Qaeda não controlam mais regiões inteiras do país.

No entanto, ataques a bomba tendo como alvo a polícia, o governo ou civis ainda ocorrem com freqüência.

No domingo, uma mulher bomba detonou seus explosivos dentro de um hospital nas proximidades da cidade de Fallujah, na província de Ambar, matando três pessoas e ferindo outras cinco.

O controle da província, antes considerada reduto da Al-Qaeda, foi transferidos dos militares americanos para as mãos do governo iraquiano há dois meses.
Também nesta segunda-feira, uma suicida se explodiu em Baquba, na Província de Diyala (ao norte de Bagdá), e matou pelo menos seis pessoas.

O atentado ocorreu em um bloqueio montado por membros desses grupos sunitas cooptados para lutar contra a Al-Qaeda.

CNN: Violência na República Democrática do Congo

domingo, 9 de novembro de 2008

Quartet urges Middle East action



Senior envoys from the Middle East Quartet have called on Israel and the Palestinians to move forwards with peace talks despite the process being largely stagnant for the past year.The Quartet - which groups the European Union, Russia, the United Nations and the United States - gathered in Sharm el-Sheikh on Sunday to assess progress.
The meeting at the Egyptian Red Sea resort comes a year after peace talks were relaunched in Annapolis in the US, but there is little sign that the ambition of reaching a deal by the end of the year can be achieved.Political turmoil in Israel which has led to early elections being called, and a lingering feud between rival Palestinian factions have hampered efforts to seal a deal.
Ban Ki-moon, the UN secretary-general, reading from the Quartet's final statement, said: "The Quartet called for the continuing of the peace process in the framework of Annapolis.
"Without minimising the gaps and obstacles that remain, the representatives of the parties shared their assessment that the present negotiations are substantial and promising."
The statement also criticised "terrorism" and the building of illegal settlements by Israel.
Leadership 'vacuum'
Tony Blair, the Quartet's special Middle East envoy and former UK prime minister, gave Al Jazeera an upbeat assessment of the talks saying that progress had been made, even if there was "still a long way to go".
While acknowledging that a political leadership "vacuum", as Barak Obama waits to assume the US presidency and Israel prepares for elections, could be a set-back to negotiations, he urged the rest of the international community to "come together on the critical elements of the deal" and "show drive and commitment to get it done".
"Unfortunately, the Quartet will not declare what it should have declared, and that's the failure of Annapolis"
Mustafa Barghouthi, Palestinian MP

However, Mustafa Barghouthi, a Palestinian MP and president of the Palestinian national unity initiative, said the group was no closer to achieving a breakthrough.
He told Al Jazeera: "I think, unfortunately, the Quartet will not declare what it should have declared, and that's the failure of Annapolis.
"For a whole year, the Palestinians have been given promises on paper, while they have seen on the ground the building blocks of an Israeli apartheid system."
Barghouthi said the election of Obama as US president could push the two sides closer to a settlement, but only if the president-elect met three key challenges.
Firstly, to "neutralise the Israeli" policy influence in the US, secondly, to "take a more balanced position" on the conflict and, finally, "to see the reality that... Israel has created a system of apartheid".
George Bush, the outgoing US president, had hoped to achieve a deal before he leaves office in January, but Condoleezza Rice, the secretary of state, has admitted that there is no breakthrough in sight."The distance to peace has been narrowed although peace has not been achieved," Rice said after meeting Mahmoud Abbas, the Palestinian president, on Friday.In the absence of a full accord, Rice is pushing the two sides to define the outlines of a deal before she hands over to the Obama administration in January."One of the things we must do is that we must show ... that Annapolis has laid the foundation for the establishment of the state of Palestine," she said.
Abbas and Tzipi Livni, the head of Israel's ruling Kadima party, said they were committed to making progress in terms of agreeing a settlement.
Elusive peace
Al Jazeera's Nour Odeh, reporting from Cairo, said: "What is interesting here ... is that the Quartet has decided to forbid itself from exercising control to make the parties talk."They are letting the sides talk it out on their own, yet their mandate is to somehow enforce dialogue. It reflects the stance of the Quartet, that perhaps peace really is elusive here and another approach may be needed."Last November in Annapolis, Israeli and Palestinian leaders revived negotiations aimed at resolving core problems such as the status of Jerusalem, the borders of a future Palestinian state and the right of return for Palestinian refugees.
Israeli and Palestinian leaders continue to be at odds over final status talks [AFP]Despite the upcoming transition of power, the Bush administration secured a commitment that the process begun in Annapolis would continue."I believe that the Annapolis process is now the international community's answer and the parties' answer to how we finally end the conflict between the Palestinians and the Israelis," Rice said at a news conference after the talks.
Blair urged Obama to carry on with the process, despite signs that some members of the new president's team may want to try a different approach. Even Russia, which has increasingly been at odds with the US, said that completing the process begun by the Bush administration is important.
Sergei Lavrov, the Russian foreign minister, said: "Our common desire is to make sure the Annapolis process succeeds."
Al Jazeera's Amr el-Kahky, reporting from Sharm el-Sheikh, said that the Palestinians were determined to seal a deal."But bear in mind there is a vacuum in Palestinian politics, as well as the current political turmoil in Israel. Therefore, it is very diffcult for any progress to be made." Reconciliation talks between Hamas, Fatah and other Palestinian factions which were due to take place on Monday in Cairo, the Egyptian capital, had been cancelled on Saturday.

Fonte: Al Jazeera

9 de novembro de 2008

sábado, 8 de novembro de 2008

Obama inspira Afro-brasileiros




Provavelmente nenhum grupo de pessoas está assistindo a ascenção de Barack Obama como o primeiro presidente negro dos EUA tão avidamente como os habitantes de Salvador, Brasil

Salvador, na costa nordeste do Brasil, é a terceira maior cidade do país, com aproximadamente 2,8 milhões de habitantes, dos quais 80% se definem como negros de raça mista.

A maioria dos habitantes da cidade são descendentes diretos da primeira leva de 4 milhões de escravos que foram trazidos para a cidade no século XVI da região da atual Nigéria.

Salvador foi o principal ponto de entrada de escravos do Brasil e foi a capital colonial até 1763, e até hoje mantêm um forte sentimento africano, com sua comida, música e cultura atraindo centenas de milhares de turistas todos os anos.

Condoleeza Rice, a primeira afro-americana a chegar a posição de secretária de estado dos EUA, visitou a cidade mais cedo esse ano, e um número cada vez maior de afro-americanos visitam Salvador para saber mais sobre suas raízes.

Candomblé, a religião original trazida da África, é ainda amplamente praticada, apesar do fato de que a maioria dos escravos terem sido forçados ao catolicismo.

A maioria das pessoas de lá dizem que a vitória de Obama vai afetar a vida das crianças da cidade de várias maneiras, mas não apenas porque ele é negro.

"Obama não é presidente porque ele é negro. Ele é presidente por causa do poder de suas propostas", disse Cesar Souza, que ensina dança africana em uma escola para crianças carentes.

"E isso é um exemplo para cada criança negra das áreas pobres do mundo de que ele ou ela podem crescer e ir para uma escola, uma universidade, e ter objetivos. Essas crianças assistirão Obama na televisão e ficarão curiosas. Ele então será uma referência positiva para as pessoas no Brasil - especialmente as crianças negras."

Esperanças políticas

Salvador é a capital do estado da Bahia, uma região particularmente pobre aonde a disparidade de renda é drástica e o poder político está consolidado nas mãos de uma elite não-negra.

De acordo com as estatísticas oficiais, 40 por cento da população vivem com um ou menos de um salário mínimo, enquanto menos de 1 por cento ganham mais de 20 salários mínimos.

Nenhum dos membros da elite política de salvador são negros, então muitos lá vêem Obama como um modelo para obter poder político.

"Em Salvador, mais de 80 por cento da população é negra, e nós vivemos nas piores condições", disse Marcos Rezende, um jovem líder comunitário que estava assistindo os resuldatos das eleições dos EUA junto com dezenas de outros na televisão, na terça-feira.

"A vitória de Barack Obama tem uma imensa importância para nós, porque todos os nossos candidatos negros locais sempre perdem as eleições".

O Brasil nunca teve um presidente negro, apesar do fato de que 47% de seus 190 milhões de habitantes se considerarem negros ou de raça mista.

"Obama não só vai influenciar os EUA, ele vai influenciar a política ao redor do mundo - e especialmente aqui no Brasil", disse Lindinalva de Paula, que também estava assistindo os resultados da terça á noite na televisão local.

"Para a comunidade negra daqui, isso representa um avanço para cada um de nós, e nos faz pensar seriamente na possibilidade do Brasil de se ter um presidente negro".

No dia 20 de Novembro, o Brasil vai comemorar o Dia Nacional da Consciência Negra - e pelo menos em Salvador - devido ao novo presidente dos EUA - esse dia vai levar um pouco mais de significado.

"Crianças negras que não entendem política agora vêem Obama como presidente na TV e percebem que alguém da sua cor é presidente do país mais poderoso do mundo", diz Rezende.

"Essas crianças dirão, 'eu quero fazer isso também. Eu posso fazê-lo. Eu espero ser o presidente do Brasil.'"











Gabriel Elizondo, Salvador, Brasil


7 de Novembro de 2008



Fonte: Al Jazeera English

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Israeli troops raid West Bank and Gaza Strip

Violence erupts once more between Israeli and Hamas forces. Pakistani air strikes level militant facilities, whilst Afghan civilians are killed in a US bombing. The Congolese government rejects peace talks with rebels. What will a new US President will mean for security policy? And much more in today's update.


Israeli forces arrested thirteen Palestinians in separate raids in the occupied West Bank and in the Hamas-controlled Gaza Strip on Wednesday. Six of the detainees were arrested in raids that the Israeli army regularly launches in the West Bank, whilst five were arrested in Hebron and one in Jericho. Israeli sources said the six were wanted by the Israeli intelligence.

These arrests follow an Israeli incursion into the Gaza Strip which killed a Hamas fighter and wounded three others. The Israeli army had entered Gaza to destroy a tunnel that it said was being dug to abduct soldiers near the border with the Hamas-controlled Gaza Strip. Local residents said Hamas fighters had responded by shooting at the troops and Israeli drones then fired a missile into the area, killing six Hamas troops.

Pakistani air strike kills rebel fighters
An overnight air strike destroyed a suspected militant training facility and killed fifteen insurgents on the Pakistan side of the Afghan border between Tuesday and Wednesday. Pakistani security forces have been fighting militants in various parts of the border region since August, but attacks in Damadola are rare.
Elsewhere in the country, seven people died and six were injured when a vehicle loaded with bombs rammed a security checkpoint at Doaba in Hangu district on Tuesday morning. Amongst the dead were three security officials. Prime Minister Yousuf Raza Gilani has strongly condemned the bomb blast, voicing his wish to eradicate terrorism and extremism from the country at all costs. This attack coincided with American General Petraeus' visit to Pakistan on behalf of New US Central Command (CENTCOM), and his promise to consider Pakistan's outrage at US missile strikes in its Tribal Areas.

US bombing kills 37 Afghan civilians
An Afghan village has been the latest target of US bombing, and 23 children and 10 women were amongst the 37 Afghans killed during a US attack on the Taliban on Monday which hit a wedding party. The US military is currently investigating the events, and President Hamid Karzai has appealed to President-elect Obama to prevent civilian casualties in his country.
This strike comes as a recently declassified report revealed that local police and government leaders, along with some villagers, helped Taliban militants carry out an attack on July 13. The attack in Wanat was the deadliest against the US military in three years and resulted in the death of nine US troops, leaving 27 injured. The report, which comes from an internal review by the American military, has recommended the district's Afghan police chief and governor be replaced, if not arrested and tried for committing crimes against the government.

Congolese government rejects peace talks with rebel leader
Laurent Nkunda, the Congolese rebel leader of the National Congress for the Defence of the People, has threatened to extend his armed offensive from the eastern regions of Democratic Republic of Congo to the capital Kinshasa unless the government agrees to political negotiations with him. He announced on Tuesday that if the government were unwilling to talk, "it will mean they will be ready to only fight". However, a government spokesman said that Kabila's administration, whilst willing to open talks with rebel and militia groups, will not give the rebel leader special rights just because of the disruption that he has caused in the region.
An estimated 250,000 people have been displaced in the last two months from eastern Congo, and the total of displaced people is thought to be around one million.

Will a new US President mark the start of a new approach to security?
The election results are in and the new President of the United States is, as the polls predicted, Barack Obama. However, his pledged foreign and security policies have drawn mixed reactions. His approach on Iraq has been well-documented; unlike other Presidential hopeful McCain, he opposed the Iraq invasion of 2003 and has called for a complete withdrawal of combat troops within 16 months. Biden, Obama's running mate, However, Obama's running mate, is popular among Kurds because of his call for transforming Iraq into autonomous regions of Sunnis, Shiites and Kurds. Indeed, support for Obama is common in the Muslim world, which has been alienated by the Bush administration. However, the Pakistani government emphasised before the election results were revealed that whoever was to take on the American presidency must halt unilateral missile strikes on their country or risk failure in the US efforts to end militancy in Pakistan. Israel is more cautious towards Obama because, whilst the latter has maintained his commitment to strong US-Israeli tires, he has also announced intentions to open up talks with Tehran over their nuclear programme, which alarms Olmert's government. George Bush's presidency has seen a US foreign policy based around warfare and the fight against terrorism, and marred by various violations of human rights. What effect will the new President, who signifies such hope not only for America but for much of the world, have on America's international approach to security?


Hannah Copper, 5 de novembro de 2008
Fonte: www.opendemocracy.net

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

União Européia tenta acordo de paz no Congo


Cerce de 250 mil pessoas já fugiram dos confrotos entre tropas do governo e rebeldes




Kinshasa. Os ministros das Relações Exteriores da França e da Grã-Bretanha chegaram ontem á República Democrática do Congo em missão da União Européia (UE) para assegurar a paz no leste do país e ajudar milhares de civis que fogem dos combates entre o exército e rebeldes leais ao general Laurent Nkunda. A UE poderá enviar tropas á região para garantir o acordo.


Estima-se em 250 mil o número de refugiados, e a situação é catastrófica. O francês Bernard Kouchner e o inglês David Miliband se reuniram com o presidente Joseph Kabila, em Kinshasa,, e viajaram para a região de Goma, cidade ameaçada por milícias tutsis. A UE quer a implementação imediata dos acordos de paz entre a RDC e a vizinha Ruanda, além do desarmamento dos rebeldes.


O Congo acusa Ruanda de apoiar Nkunda com tropas e artilharia. Os ministros europeus seguiram para Ruanda para reunião com o presidente Paul Kagame, cujo governo nega as acusações, apesar de ter invadido o vizinho duas vezes nos últimos anos.


Nkunda alega proteger seu povo tutsi contra os hutus associados ao genocídeo em Ruanda, em 1994, e que estariam ao leste do Congo. Há quatro dias, ele declarou cessar-fogo em Goma depois de ter forçado o recuo do exército congolês e tropas de paz da ONU. Mas a trégua é frágil.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

O SECRETARIADO DO VI MIRIN VAI AO CEN



Fernando fazendo claramente um discurso de impacto... Scot, preocupado com algo que viu na janela... Será um pássaro? Um avião? Não, é o super MIRIN!!!






Primeiro, um agradecimento especial a Paula Freitas que tirou as excelentes fotos da nossa querida equipe durante essa visita. As fotos estão realmente muito divertidas!!!







Segundo, se você quer informações sobre o VI MIRIN ou tem interesse que alguém do VI MIRIN vá ao seu colégio explicar o que são modelos e porquê vale a pena ir ao MIRIN, contate-nos em: comunicacao@mirin-puc.com ou mirin@mirin-puc.com






Terceiro... FOTOS!!!


É a vez do Scot, nosso Vice-secretário acadêmico, falar... E não é que ele fala bem? :P








Malta em um momento Secretário-Geral... Quase um Kofi, não, eu não gosto do Ban Ki-Moon, ele não tem frases de efeito!















Poses Kodak (sem propaganda... hehehe)







Gabi, vice-secretária para assuntos administrativos E A PESSOA MAIS FELIZ DO MUNDO!!!







Scot em momento Obama....




A lógica de morte estadunidense



“A guerra no Iraque não é coberta corretamente em função do irreprimível perigo que os jornalistas têm que enfrentar”, explica Liam Madden, um veterano da desastrosa ocupação do Iraque.
Segundo o oficial estadunidense, “existem muitas confusões nas cabeças das pessoas sobre a verdadeira natureza da ocupação militar”.

De fato, a mídia corporativa ocidental cumpriu bem o papel dela desde a invasão ao Afeganistão, em 2001, e mais tarde ao Iraque, em 2003, em fabricar contos e omitir realidades para a
escassa audiência no Ocidente. Quem sabe, então, não seja bom ouvir um pouco dos próprios veteranos que acordaram para essa realidade?
A cada dia aumenta o número de veteranos estadunidenses que retornam do Iraque e contam suas histórias. Não demorou muito para ficar claro que as brutalidades dos notórios crimes
estadunidenses de Guantánamo e Abu Ghraib e da série de estupros seguidos de homicídio de toda uma família em Al-Haditha não se tratam de “acidentes isolados”, mas sim da norma da
ocupação.

Esse é o caráter da invasão, e quem afirma isso são os próprios militares estadunidenses que lá estiveram: “Eu me esforcei muito para me sentir orgulhoso do meu trabalho, mas só consigo
sentir-me envergonhado”, disse Michael Prysner, um cabo veterano do exército estadunidense. “Contaram-nos que estávamos combatendo terroristas, mas o verdadeiro terrorista era eu mesmo, e o verdadeiro terrorismo é a ocupação do Iraque”, complementou Prysner.

De acordo com a organização “Política Exterior Justa” (Just Foreign Policy, nome original em inglês), um grupo estadunidense fundado em 2006 dedicado a “reformar a política externa dos Estados Unidos”, até às 19h de 29 de outubro de 2008, o número de iraquianos mortos desde a invasão do país em 2003 é de 1.273.378 pessoas, entre homens, mulheres e crianças.
Esses dados são adquiridos a partir das únicas fontes com credibilidade sobre o verdadeiro número de mortos em função da desastrosa ocupação do Iraque – os jornais The Lancet e Opinion Research Business. O estudo do conceituado periódico médico britânico The Lancet, a única análise científica realizada sobre o número de civis mortos no Iraque desde a invasão do país, publicado ainda em 2006, conta “pelo menos 655 mil civis iraquianos mortos como resultado direto da invasão e ocupação do país”. O outro estudo com confiabilidade, mais atualizado em termos de data, foi realizado pela organização britânica Opinion Research Business, que anunciou em setembro de 2007 que “cerca de 1,2 milhão de pessoas foram mortas como resultado da guerra”.
Esse mais de 1 milhão de vítimas, classificadas pela mídia ocidental como “dano colateral”, assusta se comparado com os números fabricados e fornecidos pelos militares estadunidenses. “O número verdadeiro de mortos é dez vezes maior do que as estimativas oficiais, e é baseado em estudos científicos conduzidos desde 2003”, explica o economista Mark Weisbrot, fundador do “Política Exterior Justa”. Ironicamente, muitos ainda conseguem afirmar que os Estados
Unidos foram ao Iraque para levar a “democracia e liberdade”.
Acontece que, até hoje, os iraquianos viram apenas miséria. “Os soldados vão perceber que eles têm mais em comum com o povo iraquiano do que com os bilionários que lhes enviaram ao Iraque”, diz o otimista cabo Michael Prysner. Aos poucos, espera-se que a verdade ficará clara para todos. Mas o povo do Ocidente, enganado diariamente pela mídia corporativa ocidental, aliada aos interesses comerciais daqueles que vandalizam qualquer moralidade, permanecerá iludido por algum tempo, enquanto inocentes são mortos a cada dia.


Fonte: Jornal Oriente Médio Vivo, edição 119


Humam al-Hamzah e Zaid Muhammad


3 de Novembro de 2008

Ex-líder nigeriano será enviado da ONU para Congo


O ex-presidente nigeriano Olusegun Obasanjo foi apontado nesta segunda-feira como enviado especial da ONU (Organização das Nações Unidas) para a República Democrática do Congo.


Obasanjo foi escolhido pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon para tentar mediar a resolução da crise no leste do país, que já dura anos e envolve diversos grupos rebeldes. A crise agravou-se nos últimos dias, com uma escalada de violência.


O ex-líder nigeriano é um diplomata experiente que passou muitos de seus 71 anos lidando com crises tanto dentro quanto fora da Nigéria.
Com um passado militar, Obasanjo é um negociador conhecido também por saber ser diplomático.


Durante suas passagens pelo governo (1976-1993 e 1999-2007), ele foi criticado por passar muito tempo fora do país, mas muitos dizem que suas viagens ao exterior teriam lhe rendido bons contatos e experiência internacional.

Entre suas ações de maior sucesso estão o papel-chave que teve na obtenção de um acordo de paz na Libéria, onde anos de guerra devastaram o país.


Obasanjo também fez parte das negociações com o regime do apartheid, na África do Sul, para tentar libertar Nelson Mandela.


O status do nigeriano como um ancião africano também deve ter um impacto importante entre os presidentes mais jovens de Ruanda e do Congo, em um continente onde a idade é um sinal importante de respeito.


Mas o conflito no leste da República Democrática do Congo é bastante complicado, já que envolve ódio étnico, apropriação de recursos naturais e poderosos interesses estrangeiros.


O novo primeiro-ministro do país, Adolphe Muzito, deverá visitar a cidade de Goma, em meio a preocupações com milhares de pessoas que fugiram do local por causa dos confrontos.


O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon também disse que vai viajar para a região.


Goma está cercada por forças rebeldes, que expulsaram tropas do governo. Cerca de 250 mil pessoas fugiram para o campo, mas muitas já voltaram para a região e enfrentam falta de abrigo e comida.


A França pediu o envio de mais soldados para reforçar a tropa de paz da ONU, que atualmente conta com 17 mil pessoas


4 de Novembro de 2008


BBC Brasil


domingo, 2 de novembro de 2008

Rupiah Banda assume presidência da Zâmbia

LUSAKA - O experiente diplomata Rupiah Banda tomou posse como novo presidente da Zâmbia depois de vencer por estreita margem seu principal rival em um pleito convocado depois da morte do líder do país africano.

Banda, de 72 anos, havia assumido interinamente a presidência do país em agosto, quando morreu o presidente zambiano Levy Mwanawasa.

Ele foi empossado imediatamente após a divulgação dos resultados e governará pelos três anos restantes do mandato de cinco anos de Mwanawasa.

Banda promete dar seqüência às políticas de abertura de mercado de seu antecessor, que encorajou investimentos estrangeiros e estabeleceu boas relações com a China.Os resultados oficiais do pleito mostram que Banda obteve 40% dos votos.

O líder de oposição Michael Sata conseguiu 38%. Outros dois candidatos estavam na disputa, mas terminaram bem atrás. Sata, que tem amplo apoio em bairros pobres das zonas urbanas, disse que contestará o resultado por causa de irregularidades no processo, inclusive a impressão de votos extras. Observadores internacionais declararam-se satisfeitos com a condução do processo eleitoral.
As informações são da Associated Press.

Opep pede implementação de cortes na produção

Os países da Opep, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo, precisam implementar os cortes de produção acordados se quiserem estabilizar os preços do produto, alertou o presidente do cartel, Chakib Khelil, neste domingo.

Khelil disse que os mercados estão esperando os cortes acertados em Viena, no mês passado, e afirmou que a Arábia Saudita, o maior exportador de petróleo do mundo, tem um papel fundamental para o sucesso da decisão.

"É isso que os mercados esperam agora: ver que realmente há uma redução no mercado e não levar em conta apenas as declarações das diferentes pessoas envolvidas. É o que se vê no mercado que afetará os preços", afirmou Khelil, que também é ministro das Minas e Energia da Argélia.

A decisão do cartel de cortar a produção em 1,5 milhão de barris por dia - o que representa cerca de 5% - foi tomada no dia 24 de outubro, como uma forma de controlar a queda nos preços de petróleo.

A Opep espera que a medida estabilize o preço do barril entre US$ 70 e US$ 80, mas a decisão foi criticada por vários líderes, incluindo o premiê britânico, Gordon Brown, que está fazendo um tour pelo Golfo Pérsico.

Brown voltou a pedir um mercado de petróleo mais estável, neste domingo, falando da necessidade de "uma transição sustentável para uma economia com emissões de carbono reduzidas".

O ministro da Energia do Catar, Abdullah bin Hamad al-Attiyah, rejeitou as críticas ao corte na produção, dizendo que há muito petróleo que não está sendo vendido por causa da situação econômica internacional.

Soldados da RDC repelem ataque de rebeldes ugandenses

Kinshasa, 2 nov (EFE).- Soldados governamentais da República Democrática do Congo (RDC) rechaçaram um ataque de guerrilheiros ugandenses do Exército de Resistência do Senhor (LRA) e mataram nove rebeldes no extremo nordeste do país, informou hoje a missão das Nações Unidas no país (Monuc).

Segundo a Monuc, entre 30 e 50 guerrilheiros do LRA atacaram a cidade de Dungu, perto da fronteira com o Sudão, o que fez se mobilizar os soldados congoleses, que responderam à agressão.

O LRA, um grupo rebelde ugandense que realizou diversos ataques no norte da RDC, tem acampamentos no sul do Sudão e também instalou algumas bases em território congolês, segundo a ONU.

De acordo com a Monuc, o ataque do LRA também provocou que milhares de pessoas fugissem de suas casas.

O fato acontece no momento em que no leste da RDC mais de 200 mil pessoas tiveram que fugir de suas casas desde a semana passada devido a uma ofensiva dos rebeldes do Congresso Nacional para a Defesa do Povo (CNDP), liderada por Laurent Nkunda.

Cerca de 1,2 milhão dos seis milhões de habitantes da província oriental congolesa de Kivu Norte se encontram deslocados e as organizações humanitárias temem uma possível crise humanitária. EFE

Irã e Iraque vão trocar os restos de soldados mortos durante a guerra

BAGDÁ (AFP) — O Irã e o Iraque chegaram a um consenso para trocar os restos de cerca de 250 soldados mortos durante a guerra que opôs estes dois países entre 1980 e 1988, afirmou o porta-voz do governo iraquiano, Ali Al-Dabbagh.

"O governo iraquiano através do ministério dos Direitos Humanos entrou no acordo com o governo iraniano para trocar os restos de soldados mortos durante a guerra Irã-Iraque", indicou Al-Dabbagh, em um comunicado publicado na noite de sexta-feira.

"A troca foi marcada para 15 de novembro na fronteira. Receberemos os corpos de 200 iraquianos e entregaremos os de 41 iranianos", acrescentou. A guerra deixou um milhão de pessoas mortas dos dois lados.

"O governo iraquiano dará continuidade a seus esforços junto à parte iraniana para encontrar soluções aos problemas mais graves, principalmente sobre os aspectos humanitários", disse.
O Comitê internacional da Cruz Vermelha (CICR) anunciou em agosto ter assinado um acordo com o Iraque e o Irã para esclarecer o destino dos desaparecidos, 20 anos após o fim da guerra.
"A sorte de dezenas de milhares de iraquianos e iranianos que pertenceram ao Exército, entre eles prisioneiros, continua sendo uma incógnita", disse o CICR.

sábado, 1 de novembro de 2008

Na contramão da crise mundial, Moçambique vê capitalismo prosperar

Daniel Gallas

Enviado especial da BBC Brasil a Maputo

Na contramão da crise mundial, Moçambique vê capitalismo prosperar

Economia subindo em média 7% ao ano, bolsa de valores com alta de 12% no acumulado de 2008, investimento estrangeiro crescendo, obras sendo realizadas e aumento do consumo da população.

Esse é o cenário econômico atual em Moçambique, um dos países mais pobres do mundo, em um momento em que os países ricos vivem sob a ameaça de uma recessão global.

Assista à reportagem.

Enquanto os países desenvolvidos se preparam para taxas de crescimento próximas ou até abaixo de zero, em Moçambique – onde o capitalismo começou há apenas 16 anos – quase todos descartam uma recessão e comemoram o bom momento nacional. Com a economia arrasada por uma guerra civil entre 1976 e 1992, Moçambique passou a última década crescendo rapidamente, sobretudo graças a investimentos estrangeiros.

Embora ainda não se perceba sinais da crise financeira, há temores aqui de que qualquer tropeço da economia mundial possa reduzir o ritmo acelerado de crescimento – que é fundamental para combater a extrema miséria da população de Moçambique, o oitavo país com maior índice de pobreza no mundo.

Bolsa em alta

Um dos símbolos do novo momento capitalista do país é a Bolsa de Valores de Moçambique, no centro da capital Maputo.

Há 20 anos, Moçambique era socialista e quase toda a economia era estatal. Criada no final dos anos 90, durante a transição para o capitalismo, a bolsa começou movimentando US$ 4 milhões em títulos, quase todos de empresas recém privatizadas.

Hoje, o mercado financeiro moçambicano negocia US$ 350 milhões em títulos de empresas com capital aberto. Desde o começo do ano, o movimento cresceu 12%, mesmo em meio à queda das bolsas em todo o mundo.

O presidente da Bolsa de Moçambique, Jussub Nurmamade, reconhece que a bolsa de Maputo é minúscula para os padrões do mercado financeiro – apenas seis corretores operam comprando e vendendo ações – mas diz que as operações refletem o otimismo do novo empresariado nacional.

"Temos uma classe nova de empresários novos motivados, com idéias novas", explica Nurmamade à BBC Brasil. Os setores de mineração, frutos do mar, turismo e agricultura são os que mais crescem em Moçambique.

O sinal mais visível do crescimento econômico de Moçambique está nas ruas. O governo diz que o investimento estrangeiro no país cresceu 700% entre 2006 e 2007, puxado pela instalação de fábricas e, em grande parte, por construtoras chinesas. Em Maputo, há diversos outdoors de construtoras "das quatro estrelas do Oriente" vendendo apartamentos.

No bairro de Zimpeto, 14 quilômetros ao leste do centro de Maputo, cerca de 100 operários chineses constroem o novo Estádio Nacional de Moçambique, com capacidade para 42 mil torcedores. O país quer receber as seleções de futebol na fase preparatória que antecede a Copa do Mundo de 2010, na vizinha África do Sul, o que daria um impulso ao crescente turismo.

A obra é financiada pelo governo da China. Um dos diretores da obra, que preferiu não se identificar, disse à BBC Brasil que o estádio de US$ 57 milhões terá atrações inéditas aos torcedores moçambicanos – como modernos telões, câmeras de segurança e grama sintética – semelhante ao que se viu na Olimpíada de Pequim deste ano.

Futuro incerto

Apesar do otimismo vivido pelo país, os políticos e empresários acreditam que a crise mundial terá algum tipo de impacto na economia do país.

"A crise financeira internacional tem impactos tremendos em diferentes países, mas nós não vislumbramos isso, porque a nossa economia está resistindo bem", disse recentemente a jornalistas o ministro das Relações Exteriores, Olegário Balói.

O presidente da Bolsa de Valores de Moçambique diz que com a crise financeira, grandes investidores estrangeiro – como China, África do Sul e Estados Unidos – terão menos crédito para obras em Moçambique.

"Como podemos pensar que não vamos ser afetados se dependemos muito da ajuda externa, sobretudo de países que nos ajudam, como Estados Unidos e países europeus", questiona Nurmamade. "Eu penso que o que pode acontecer é diminuir as nossas taxas de crescimento, mas posso garantir que de modo algum nos vamos entrar em uma recessão, como se vê no resto do mundo."

A economia de Moçambique já vai crescer menos neste ano, na comparação com 2007. A Direção Nacional do Orçamento, órgão do governo que cuida das finanças públicas, prevê que o PIB crescerá 7,3% em 2008, em vez dos 8,4% registrados no ano passado.

A queda seria mais por conta do excelente ano vivido pela economia em 2007 do que por influência da crise mundial - e o país ainda conseguiu manter seu crescimento acima da média da
última década, de 7% ao ano.

Combate à pobreza

Mas há temores que a desaceleração possa ser maior. O FMI prevê que o crescimento médio dos países da África subsaariana cairá de 6,5% ao ano em 2007 para 6% em 2008 e 2009. No caso de Moçambique, o Fundo prevê que a taxa de crescimento possa ficar abaixo de 7% já no próximo ano.

Apesar de a redução ser modesta, ela é preocupante em Moçambique, o país com o sexto pior IDH (índice de qualidade de vida da ONU) do mundo. Entre 1997 e 2003, período de prosperidade e aceleração, a porcentagem de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza caiu de 69% para 54%.

Segundo o FMI, cada vez que o PIB per capita cresce um ponto percentual em um país da África subsaariana, 0,5% da população ultrapassa a linha da pobreza, de US$ 1 por dia. O medo entre muitos moçambicanos é que uma retração da economia nacional, por menor que seja, agrave ainda mais a miséria e a desigualdade no país.

"Eu concordo e aceito que a economia do país está subindo", disse à BBC Brasil Manoel Matte, comerciante de artesanato do mercado público de Maputo.

"Mas aqui na capital do país temos problemas de alimentação. Os alimentos são produzidos no norte do país, e essa produção vai para o Malauí nós aqui no sul estamos sofrendo de fome. Esta é a única falha que eu estou vendo. O resto, eu acho que está melhor, pois temos transporte e estabilidade da nossa moeda, o que é um sinal de que a nossa economia está subindo."

Ministros europeus se reúnem com presidente do Congo

Os ministros do Exterior da França e da Grã-Bretanha, Bernard Kouchner e David Milliband, se reuniram neste sábado com o presidente congolês, Joseph Kabila, como parte dos esforços diplomáticos para por fim à crise na República Democrática do Congo.

Kouchner e Milliband pediram a implementação imediata dos existentes acordos de paz entre a República Democrática do Congo e a vizinha Ruanda, além do desarmamento das milícias lideradas pelo general Laurent Nkunda.

Os ministros estão a caminho de Goma, no leste do Congo, de onde dezenas de milhares de pessoas fugiram depois que as milícias tutsi se aproximaram.

Os soldados da milícia estão estacionados a 15km da cidade desde quarta-feira, depois de acertado um cessar-fogo, mas eles ameaçam invadir Goma, a não ser que tropas da ONU garantam a segurança.

Segundo o correspondente da BBC na região, Peter Greste, o cessar-fogo parece estar sendo respeitado ao redor de Goma, mas a situação dos refugiados está cada vez pior.

Há informações de que alguns estariam tentando voltar para casa, se deslocando a pé por territórios atualmente sob o controle das milícias lideradas pelo general Laurent Nkunda.
Encontro

O general Nkunda alega estar protegendo seu povo tutsi contra os hutus ligados ao genocídio de Ruanda, em 1994, que estariam baseados no leste da República Democrática do Congo e continuariam agredindo tutsis.

Cerca de 35 mil a 40 mil refugiados teriam ido a Goma para fugir dos conflitos, mas a ajuda humanitária tem demorado a chegar à cidade em meio às péssimas condições de segurança.

Na sexta-feira, os presidentes de Ruanda e da República Democrática do Congo concordaram em se encontrar para tentar resolver a crise entre o exército congolês e as tropas rebeldes de Nkunda, no leste do Congo.

O encontro entre o ruandês Paul Kagame e o congolês Joseph Kabila foi acertado depois de dois dias de negociações com o comissário de Desenvolvimento e Ajuda Humanitária da União Européia, Louis Michel.

As negociações, que vão contar com a presença de observadores das Nações Unidas e da União Africana, devem acontecer em Nairóbi, capital do Quênia, em uma data ainda não anunciada.

Um dos maiores desafios é tentar convencer o general Nkunda a se retirar das posições que conquistou recentemente.

O general, no entanto, ainda não foi convidado para o encontro, segundo informou Louis Michel à BBC.

O governo do Congo acusa Ruanda de apoiar o general Nkunda com tropas e artilharia pesada.
Ruanda nega essas acusações, apesar de ter invadido o Congo duas vezes nos últimos anos.

Campos incendiados

Apesar do cessar-fogo declarado por Nkunda na quarta-feira, situação no leste do Congo ainda é muito tensa.

Nesta sexta-feira, a Organização das Nações Unidas (ONU) disse ter relatos confiáveis de que campos que abrigavam cerca de 50 mil deslocados no leste da República Democrática do Congo foram destruídos.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) disse estar preocupado com relatos sobre a destruição dos campos de Rutshuru, localizados a 90 quilômetros ao norte de Goma, capital da província de Kivu do Norte.

Segundo relatos, os campos foram evacuados à força, saqueados e depois incendiados.

"Havia cerca de 50 mil pessoas nesses campos", disse Ron Redmond, porta-voz do Acnur. "Não sabemos onde elas podem estar agora, estamos com medo de que simplesmente tenham se dispersado na floresta."

Deslocados

Calcula-se que 250 mil pessoas na região leste do Congo tenham fugido dos confrontos entre tropas do governo e rebeldes leais ao general Laurent Nkunda.

De acordo com o correspondente da BBC em Goma, a falta de comida e de água está levando milhares de refugiados a deixar a cidade em direção a Kibati, a cerca de 12 quilômetros ao norte.
Segundo Peter Greste, a estrada que sai de Goma está tomada por uma multidão de famílias que carregam todos os seus pertences nas costas.

"Toda a população de Goma e também das áreas em torno da cidade está extremamente insegura", disse Marcal Izard, porta-voz da Cruz Vermelha, à BBC.

Um agente humanitário congolês que trabalha em Goma, Godefroid Marhenge, contou à BBC
que alguns dos deslocados "precisam desesperadamente de ajuda humanitária".

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, já havia afirmado que a violência está criando uma crise de "dimensões catastróficas" no país.

Apesar de o general Nkunda ter dito na quinta-feira que abriria um "corredor humanitário" para que os refugiados em Goma pudessem voltar para suas casas, o correspondente da BBC afirma que muitas pessoas foram obrigadas a voltar para a cidade por medo de serem alvo de tiros.

De acordo com Greste, aqueles que conseguiram chegar a Kibati afirmaram ter mais chances de obter água e comida nas florestas ao redor da cidade do que em Goma.

A ONU mantém cerca de 17 mil homens no Congo, a maior missão de paz da organização no mundo. No entanto, o contingente não é suficiente para conter a crise.

Tanto rebeldes como tropas do governo são acusados de cometer atrocidades contra civis, principalmente estupros em massa.

Recursos minerais

As origens do atual conflito no leste da República Democrática do Congo remontam ao genocídio de membros da etnia tutsi por hutus em Ruanda, durante o ano de 1994.

Nkunda afirma que suas tropas lutam para defender a comunidade tutsi de ataques de rebeldes hutus de Ruanda, acusados de terem participado do genocídio.

O governo do Congo já prometeu repetidas vezes impedir que milícias hutus utilizem seu território, mas até agora não cumpriu a promessa.

O último prazo para cumprir essa medida expirou no final de agosto, exatamente quando os confrontos foram retomados.

Há inclusive denúncias de ligações do exército congolês com as guerrilhas hutus.

No entanto, alguns analistas afirmam que os confrontos poderiam ter outro motivo. O leste do Congo é rico em recursos naturais, como ouro, e a luta poderia ser pelo controle dessas riquezas.

Glossário...P,Q,R,S,T,U,Z

Paridade do Poder de Compra (PPC): Método alternativo à taxa de câmbio para se calcular o poder de compra de uma moeda. A PPC mede quanto uma determinada moeda pode comprar em termos internacionais, uma vez que bens e serviços variam de preços de um país para outro. Teoria que propõe que a taxa de câmbio entre duas moedas se encontra em equilíbrio quando o poder de compra interno das modeas é equivalente ao da taxa de câmbio. Assim, por exemplo, se 1 libra inglesa equivale no câmbio a 4 dólares, as duas moedas estariam em equilíbrio se 1 libra comprasse os mesmos bens na Inglaterra que os 4 dólares nos Estados Unidos. (Dicionário de Economia, Abril Cultural, 1985, Consultoria de Paulo Sandroni)

PIB Nominal x PIB Real: O PIB nominal expressa a soma dos bens e serviços de uma economia em seus valores presentes. O PIB real representa a soma das quantidades de bens finais produzidos por uma economia multiplicados por preços constantes, em vez de preços correntes, ou seja, considera-se a correção inflacionária. Este também pode ser denominado PIB em termos de bens, PIB ajustado pela inflação e PIB em doláres constante.

PIB – Produto Interno Bruto: PIB – Produto Interno Bruto (Gross National Product – GNP) - representa a soma (financeira) da produção econômica total de um país, medida em um determinado espaço de tempo. Este índice é composto pela soma de bens e serviços produzidos pelos residentes de um país em território nacional, valor dos serviços e bens finais produzidos – dentro ou fora dele - em determinado espaço de tempo.

PNB – Produto Nacional Bruto: Assim como o PIB, este índice também é utilizado para medir a produção econômica de um país. Entretanto, diferentemente do PIB, o PNB não considera a renda líquida enviada ao exterior. Ou seja, o PNB mede apenas a produção econômica de um país gerada por capital nacional. Assim, em seu cálculo, é considerada a diferença entre os lucros remetidos ao exterior advindas de capital externo a um país e os lucros recebidos do exterior advindos de capital doméstico investido em outros países.

Política de estabilização macroeconômica (macroeconomic stabilization policy): ações governamentais que visam afetar o nível da demanda agregada na economia e, conseqüentemente, a geração da renda nacional. Pode consistir de política fiscal ou monetária.

Política fiscal (fiscal policy): política que envolve as taxas e os gastos governamentais.

Política monetária (monetary policy): política que envolve mudanças na oferta monetária e, conseqüentemente, nas taxas de juros.

Política monetária restritiva (restrictive monetary policy): política na qual um governo, normalmente por meio de seu banco central, busca reduzir a demanda agregada através da redução da oferta monetária na economia. Em decorrência disso, as taxas de juros são aumentadas e o consumo e o investimento são desencorajados, diminuindo-se, consequentemente, a renda nacional para um nível mais próximo da capacidade produtiva nacional.

Produto Interno Bruto (PIB) (Gross National Product – GNP): valor dos serviços e bens finais produzidos pelos residentes de um país – dentro ou fora dele - em determinado espaço de tempo.

Protetorado: O termo comumente refere-se a duas situações: ora para designar uma unidade geopolítica submetida a um Estado nacional (na prática, uma situação colonial); ora surge como sinônimo de Estado nacional que tem sua autonomia em Política Externa restringida por algum acordo com outro Estado detentor de maior poder.

Quota: limite quantitativo imposto pelo governo ao montante de produtos ou serviços que poderá ser importado em dado espaço de tempo.

Refugiados: De acordo com a Convenção das Nações Unidas de 1951, em Relação ao “Status” dos Refugiados, emendada pelo protocolo de 1967, um refugiado é “uma pessoa que, devido a um medo bem-fundado de ser perseguido por motivos de raça, religião, nacionalidade, participação em um grupo político em particular ou opinião política, está fora do país de sua nacionalidade e está impossibilitado ou, devido ao medo, desmotivado a colocar a si próprio sob a proteção de seu país; ou que, não possuindo uma nacionalidade e estando fora de seu país de residência habitual como resultado de tais eventos, está impossibilitado ou desmotivado ao retorno”. Tal convenção não foi completamente endossado por todos os países, havendo algumas ressalvas quanto à definição. Ficam à parte deste conceito a questão dos Refugiados Ambientais ou Deslocados Internos.

Sanção econômica (economic sanction): instrumento de política na qual o Estado que a inicia ameaça ou interrompe relações econômicas com o Estado-alvo, de maneira a forçá-lo a cumprir um demanda política específica sua.

Sanções unilaterais (unilateral sanctions): sanções econômicas impostas por um único país contra o país-alvo.

Sandinismo: O sandinismo surge como grupo marxista cujos objetivos eram derrubar Anastacio Somoza, que exerceu autoridade política na Nicarágua entre as décadas de 1930 e 1970, e diminuir a influência dos EUA sobre o país. O termo sandinismo refere-se ao general Augusto César Sandino, líder do movimento guerrilheiro assassinado em meados dos anos 1930. Em função de uma rebelião liderada pela Frente de Libertação Nacional Sandinista (FLNS), braço político do Sandinismo, a família Somoza sai do poder em 1979. A partir de então, o país enfrentou uma guerra civil por onze anos, entre 1979 e 1990, quando eleições presidenciais concederam o poder para o Partido Liberal Constitucional (PLC) da oposição. A partir de 1979, quando a FLNS tomou o poder após a rebelião, a expressão sandinista passou a se referir a membros ou simpatizantes da FLNS.

Segurança alimentar: É definida como a situação em que todas as famílias têm acesso físico e econômico à alimentação adequada para todos os seus membros, sem correr o risco de desabastecimento. Esta definição envolve três aspectos: disponibilidade, estabilidade e acesso. Disponibilidade significa que, em média, a oferta de alimentos é suficiente para atender às necessidades de consumo de toda a população. Estabilidade refere-se à probabilidade mínima de o consumo de alimentos cair abaixo do nível adequado de abastecimento como resultado de variações da oferta. Acesso está relacionado à capacidade de produzir ou comprar os alimentos necessários dado que, mesmo em presença de abundância e estabilidade da oferta, muitos podem passar fome por insuficiência de recursos. (Fonte: Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação)

Soft Power (Poder brando): Termo utilizado por Joseph Nye Jr. para caracterizar a liderança exercida a partir da atração ideológica e cultural, em contraposição ao hard power (poder bruto) exercido a partir da força militar.

Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares – TNP (Treaty on the Non-Proliferation of Nuclear Weapons – NPT):: ): Tratado multilateral de 12 de junho 1968, que objetiva evitar a disseminação de armas nucleares e tecnologia bélica, garantir a cooperação no que diz respeito aos usos pacíficos da energia nuclear e promover o desarmamento nuclear, além do desarmamento completo. O Tratado entrou em vigor em 1970 e hoje conta com 189 signatários (set/2006). Como forma de garantir o cumprimento dos termos do que foi acordado, o TNP estabelece a possibilidade de imposição de medidas de salvaguarda. Tais medidas prevêem inspeções sob a responsabilidade da Agência Internacional de Energia Atômica para evitar o uso bélico de materiais físseis.

União Aduaneira: A União Aduaneira é uma Zona de Livre Comércio em que seus Estados membros adotam uma mesma tarifa aos produtos importados dos países não-membros. A Tarifa Externa Comum (TEC) implica na criação de um território aduaneiro comum entre os seus Estados membros com o estabelecimento de disciplinas comuns em matéria alfandegária e, mesmo, a adoção de políticas comerciais comuns. Como exemplo temos a SACU, Southern African Customs Union, liderada pela África do Sul na parte austral do continente africano. Outro exemplo é o Mercosul que adotou a TEC em 1º de janeiro de 1995, porém devido às salvaguardas dentro do bloco este é considerado como “união aduaneira imperfeita”.

União Aduaneira da África Austral - SACU: A União Aduaneira da África Austral (SACU, em inglês), criada em 2002, entrou em vigor em julho de 2004 e é composta por cinco membros: Botsuana, Lesoto, Naníbia, África do Sul e Suazilandia.

União Africana (UA): A organização, formalmente estabelecida em 1999, surgiu no âmbito da Organização da Unidade Africana, datada de 1963 e que tinha por objetivos centrais eliminar vestígios da colonização e do Apartheid, assegurar a soberania territorial e promover a cooperação para o desenvolvimento dos países africanos. Com a superação de algumas dessas questões, parece ter se tornado premente a reconfiguração da organização. A UA emergiu com objetivos não necessariamente diferentes de sua predecessora, mas ampliados, dos quais se destacam: proteção aos direitos humanos, constituição e consolidação de instituições democráticas, a harmonização e coordenação das políticas das existentes e futuras comunidades econômicas regionais com aquelas da União Africana. A iniciativa de criação da UA tem como objetivo último a promoção da união política e econômica do continente. Atualmente abriga 53 Estados membros africanos.

União Européia - UE: A União Europeia, anteriormente designada por Comunidade Econômica Européia (CEE) e Comunidade Européia (CE), é constituída atualmente por 27 estados membros. Existe formalmente com esse título desde o Tratado da União Européia (conhecido como Tratado de Maastricht) em 1992. A UE é o mercado único europeu (união aduaneira). Possui uma moeda única (o euro, adotado por 13 dos 27 estados membros), um banco central europeu, políticas agrícola, de pesca, comercial e de transportes comuns e agora, também, uma política comum de segurança.

Zona de Livre Comércio (ZLC): etapa posterior à ZPT. Nela são eliminadas todas as formas de barreiras ao livre comércio entre seus membros tanto as tarifárias quanto as não tarifárias. Para a Organização Mundial do Comércio (OMC), um acordo é considerado como Zona de Livre Comércio quando incide ao menos 80% dos bens comercializados entre os membros do grupo. No acordo de livre comércio um mecanismo fundamental é o Regime de Origem. Neste fica estabelecido quanto de um produto exportado para os membros da ZLC deve ter composição nacional para se beneficiar da eliminação das tarifas. Como exemplo podemos citar o NAFTA, Tratado de Livre Comércio da América do Norte, firmado em 1994 entre Canadá, Estados Unidos e México. A ALCA, Área de Livre Comércio da América, pretende se ser a maior ZLC do mundo.

Zona de Preferências Tarifárias (ZPT): situação inicial de qualquer tentativa de integração econômica. Nela os países membros concordam em estabelecer uma tarifa comum recíproca na qual é menor do que a tarifa aplicada a outros países fora do grupo. A diferença entre as tarifas cobradas com os países não-membros e países da ZPT é chamada de margem de preferência. Normalmente, arranjos dessa natureza são etapas preliminares para a Zona de Livre Comércio (ZLC).