segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Explosões deixam ao menos 28 mortos em Bagdá

Pelo menos 28 pessoas morreram em um ataque coordenado de bombas em Bagdá nesta segunda-feira, no que está sendo considerado o incidente mais violento no Iraque dos últimos meses.

Segundo a polícia, dois carros-bomba explodiram em Kasrah, uma vizinhança majoritariamente xiita do bairro sunita de Adamiya.

Quando, no local, se formou uma multidão para ajudar os feridos, um homem-bomba detonou seus explosivos. Quase 70 pessoas ficaram feridas.

A tática de detonar bombas coordenadamente, para causar o maior número possível de vítimas, é uma característica dos ataques da rede extremista Al-Qaeda no Iraque desde o início da invasão comandada pelos Estados Unidos, em 2003.

Al-Qaeda

Nenhum grupo assumiu a autoria do atentado, mas especula-se que os ataques desta segunda-feira tenham sido uma tentativa da Al-Qaeda de reviver tensões sectárias em bairros de Bagdá onde convivem xiitas e sunitas.


Grupos de insurgentes sunitas armados que chegaram a pertencer à rede extremista passaram a receber salários do governo para ajudar a expulsar a Al-Qaeda em várias regiões do país, incluindo o distrito de Adamiya.

A iniciativa de cooptar grupos sunitas foi vista como uma estratégia americana que acabou ajudando a diminuir a violência no Iraque desde o ano passado.

Ao contrário do que acontecia durante os primeiros anos da ocupação, insurgentes ligados à Al-Qaeda não controlam mais regiões inteiras do país.

No entanto, ataques a bomba tendo como alvo a polícia, o governo ou civis ainda ocorrem com freqüência.

No domingo, uma mulher bomba detonou seus explosivos dentro de um hospital nas proximidades da cidade de Fallujah, na província de Ambar, matando três pessoas e ferindo outras cinco.

O controle da província, antes considerada reduto da Al-Qaeda, foi transferidos dos militares americanos para as mãos do governo iraquiano há dois meses.
Também nesta segunda-feira, uma suicida se explodiu em Baquba, na Província de Diyala (ao norte de Bagdá), e matou pelo menos seis pessoas.

O atentado ocorreu em um bloqueio montado por membros desses grupos sunitas cooptados para lutar contra a Al-Qaeda.

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