sábado, 1 de novembro de 2008

Ajuda chega lentamente para vítimas do terremoto do Paquistão

WAM, Paquistão - Soldados paquistaneses tentavam nesa sexta-feira levar ajuda a dezenas de milhares de sobreviventes nas remotas montanhas do
sudoeste do país, onde cerca de 215 pessoas foram mortas por um terremoto de quarta-feira. O sismo de magnitude 6,4 atingiu o Baluchistão, maior e
mais pobre província do país. A área mais atingida foi Ziarat, um pitoresco vale que é um dos principais destinos turísticos da região.

O administrador local, Dilawar Khan, disse que mais de 45 mil moradores do vale foram atingidos, mas que apenas 5 por cento recebeu ajuda dos
soldados.
- Só 1.500 tendas foram distribuídas, e se o auxílio não chegar às pessoas a tempo, pode haver mais perdas.

Numa época de noites geladas, as autoridades dizem que há grande necessidade de barracas e cobertores. Na sexta-feira, o governo disse que a Arábia
Saudita ofereceu 100 milhões de dólares em ajuda aos sobreviventes.

O terremoto ocorreu pouco mais de três anos depois do tremor de magnitude 7,6 que atingiu as montanhas do norte do país, matando 73 mil pessoas.

No ano passado, as piores enchentes já registradas no Baluchistão deixaram centenas de mortos.

A maioria da população do vale passou a segunda noite consecutiva ao relento, seja por ter tido suas casas destruídas, ou por medo dos tremores
secundários - já foram 75, alguns quase tão fortes quanto o sismo original.

O terremoto destruiu cerca de 1.500 casas de barro, e há quase 20 mil desabrigados.

Deslizamentos interromperam estradas, complicando os
trabalhos de busca e assistência.

Saleem Nawaz, diretor do Corpo de Fronteira (força paramilitar), disse que a busca por sobreviventes está terminando, e que o esforço agora é para
ajudar os desabrigados.

- Estamos tentando entregar a ajuda o mais rápido possível - disse.
Nawab Mohammad Aslam Raisani, ministro-chefe do Baluchistão, já pediu ajuda internacional, mas o governo federal disse que as autoridades estão
avaliando as necessidades antes de se decidir por um apelo ao exterior.

Os Estados Unidos e a China já prometeram 1 milhão de dólares cada. O Japão e vários outros países também ofereceram ajuda, e a Organização
Mundial da Saúde decidiu enviar dois caminhões com remédios e mantimentos. O Programa Mundial de Alimentos da ONU deve destinar inicialmente
700 toneladas de alimentos não-perecíveis.

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