sábado, 1 de novembro de 2008

Ban pede que chefe dos capacetes azuis viaje à RDC

Nações Unidas, 31 out (EFE).- O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu hoje ao responsável pelos capacetes azuis, Alain Le Roy, que viaje à região africana afetada pela intensificação do conflito na província congolesa de Kivu Norte.

A porta-voz da ONU, Marie Okabe, disse que Ban pede que seja respeitado o cessar-fogo declarado pelos rebeldes tutsis do Congresso Nacional da Defesa do Povo (CNDP), responsáveis da ofensiva que gerou um novo espiral de violência nessa região africana.

"O secretário-geral pediu à comunidade internacional que ajude a ONU em seu trabalho humanitário, enquanto se encontra trabalhando com os líderes internacionais para promover uma solução à crise na República Democrática do Congo (RDC) mediante negociações políticas", apontou a porta-voz.

As gestões de Le Roy em nome da ONU na região se somarão à dos secretários adjuntos para Assuntos Políticos, Haile Menkerios, em Kigali, e para Operações de Paz, Edmond Mullet, em Kinshasa.
Okabe frisou que Ban conversou nos últimos dois dias com os presidentes de Ruanda, Paul Kagame, e da RDC, Joseph Kabila, assim como com o chefe de Estado francês, Nicolas Sarkozy, e a secretária de Estado de EUA, Condoleezza Rice.

"Junto a todos destacou a importância de fazer todo o possível para consolidar o atual cessar-fogo e deter a violência, assim como a necessidade de que os voluntários humanitários possam desenvolver seu trabalho", precisou.

A porta-voz contou que Ban estuda a possibilidade de nomear um enviado especial para mediar o conflito, em que acontece um enfrentamento entre rebeldes do CNDP com o Exército congolês e remanescentes das milícias hutus que protagonizaram o genocídio de 1994 em Ruanda.

Okabe reiterou o respaldo do secretário-geral ao pedido de reforços apresentada pelo responsável civil da missão da ONU, Alan Doss, que advertiu em várias ocasiões que os 17 mil soldados que dispõe não são suficientes para cobrir um país do tamanho do leste europeu. EFE

Nenhum comentário: