quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

União Européia impõe novas sanções ao Irã por programa nuclear

08/08/2008

da Efe, em Bruxelas

A União Européia (UE) aprovou novas sanções ao Irã, principalmente na área econômica, dentro do marco estabelecido pela ONU (Organização das Nações Unidas) para punir o país por seu programa nuclear.

A decisão, divulgada nesta sexta-feira, amplia as restrições estipuladas pelos 27 países-membros do bloco anteriormente e fará com que as nações da UE limitem o apoio público a empresas européias que façam comércio com o Irã.

Além disso, os Estados-membros supervisionarão mais cuidadosamente os grupos financeiros que têm acordos com bancos iranianos, especialmente com o Saderat.

A decisão também representa a imposição de novas inspeções em aviões e navios que viajem para o Irã ou que venham do país, especialmente os das companhias Iran Air Cargo e Islamic Republic of Iran Shipping Line, para assegurar que não serão introduzidos produtos de contrabando no país.

As sanções introduzem na UE as restrições incluídas na resolução 1.803 do Conselho de Segurança da ONU, que foi aprovada em 3 de março, e endurecem as punições vigentes com base em medidas anteriores estipuladas nas Nações Unidas.

Desde junho, as entidades bancárias iranianas não podem realizar atividades econômicas na UE, devido às sanções do bloco.

Além disso, várias pessoas envolvidas nos programas iranianos de enriquecimento nuclear e desenvolvimento de mísseis balísticos estão proibidas de entrar nos países do bloco.

Na última quarta-feira (6), os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Estados Unidos, Rússia, França, Reino Unido e China) e Alemanha concordaram em promover novas sanções contra o Irã diante da recusa deste país em abandonar o programa nuclear.

As potências do grupo consideram que Teerã não ofereceu uma "resposta clara" a sua proposta de incentivos para descartar o projeto atômico.

O plano apresentado por estes países oferecia ao Irã entrar em um período de pré-negociação de seis semanas, durante o qual poderia continuar com a atividade nuclear ao nível atual, mas se comprometeria a não colocar novas centrífugas em funcionamento.

Em troca, os países negociadores não adotariam novas sanções contra o Irã e, depois disso, as negociações passariam a uma outra fase, de discussões formais, durante as quais Teerã aceitaria encerrar seu programa nuclear.

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