Alguns dos estímulos fiscais incluem propostas que já foram anunciadas pelos governos da UE, disse o presidente da Comissão, José Manuel Barroso, em entrevista coletiva. Líderes do bloco vão estudar o plano em uma cúpula nos dias 11 e 12 de dezembro e Barroso enfatizou que os governos devem olhar com atenção a proposta.
"Nossa atitude é de oferecer uma série de ferramentas", disse Barroso a jornalistas sobre o pacote de propostas equivalentes a 1,5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) do bloco. O plano inclui cortes de impostos ao consumo e recursos para setores como o automotivo.
"As medidas que os Estados-membros estão introduzindo não precisam ser idênticas, mas precisam ser coordenadas." França, Grã-Bretanha e outros vários países da UE já adotaram esforços nacionais para impulsionar suas economias.
Segundo Barroso, não está claro se o esquema - mais ambicioso que o pacote de 1% do PIB que vinha sendo falado - será suficiente. Economistas manifestaram ceticismo sobre como o plano pode ser gerenciado.
A Alemanha já disse que resistiria a qualquer tentativa de coordenar cortes de impostos sobre vendas pelo bloco, enquanto países do leste europeu, como Polônia, não querem aumentar seus déficits porque precisam mostrar disciplina orçamentária para adotar o euro como moeda.
A chanceler alemã, Angela Merkel, alertou nesta quarta-feira contra uma competição entre os países para produzir grandes pacotes de estímulo para suas economias. "Nós não devemos entrar em uma corrida por bilhões", disse.
A Comissão deixou espaço para que os governos nacionais excedam o limite da UE para os déficits orçamentários, de 3% do PIB, sem dar início a procedimentos especiais, desde que os déficits sejam temporários e apenas levemente superiores ao limite. "Perto (do limite) significa alguns décimos, não muitos décimos", disse o comissário de finanças da UE, Joaquin Almunia. As informações são da Dow Jones.
Estadão: http://www.estadao.com.br/economia/not_eco283934,0.htm
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