Nesses últimos dois anos, nenhum assunto foi mais "quente" do que a questão do aquecimento global e das mudanças climáticas. E Copenhague é visto como o último desafio. É a chance final de estabelecer novas metas e compromissos para um próximo acordo climático global. Kyoto é parte do passado. Aviso: esse comitê não será para os fracos de coração. São seus delegados os responsáveis por traçar as linhas para o futuro... O Destino do PLANETA está em suas mãos. Pouca responsabilidade, não?
COP-15
Conferência de Mudanças Climáticas de Copenhague
Regime Pós-Quioto
Diretoras:
Lívia de Salles Paiva
Juliana Damazio Fernandes
Email: cop15@mirin-puc.com
Ao longo do último século, a temperatura média da Terra aumentou 0,7ºC. Se havia dúvidas acerca das causas desse aquecimento, hoje já se sabe que ele se deve, em grande parte, à ação humana. Embora as conseqüências das alterações no clima não sejam sentidas igualmente nas diversas regiões do globo, é fato que se a comunidade internacional não agir em conjunto, mais cedo ou mais tarde, todos seremos afetados. Ao mesmo tempo, os países têm diferentes responsabilidades históricas pelo fenômeno, segundo os volumes de suas emissões de gases poluentes ao longo dos anos e, por isso, é grande a polêmica sobre a adoção de metas obrigatórias ou não de redução de emissões.
Nas últimas Conferências das Partes (COP), a preocupação sobre como se configuraria o regime ambiental pós-Kyoto – já que o protocolo expira em 2012 – culminou na elaboração de um Mapa do Caminho que nos leva até a XV Conferência, a ser realizada em Copenhagen, em dezembro de 2009. Esta agenda enumera questões que precisam ser tratadas para que um novo tratado possa ser assinado neste encontro. Este seria o prazo máximo para um acordo, pois um novo instrumento de regulamentação ainda precisaria ser ratificado internamente por seus signatários para entrar em vigor.
Acontecimentos recentes que somam componentes a este quadro deverão ser levados em consideração nos próximos passos em direção à COP-15 e certamente “aquecerão” as discussões dos delegados durante a conferência. A crise financeira mundial compromete a disposição dos países em investir em novas tecnologias limpas; a crise alimentar cria um contra-argumento ao uso de biocombustíveis; a China, país em desenvolvimento, que no Protocolo de Kyoto não tem obrigações de reduzir suas emissões, ultrapassou os Estados Unidos e agora ocupa o primeiro lugar na lista de poluidores. Além disso, a eleição de Barack Obama nos Estados Unidos cria uma grande expectativa quanto à mudança de postura em políticas relacionadas ao tema.
Além da definição de novas metas de redução, que podem passar a comprometer todos os países, outros desafios precisarão de respostas. Como combater o desflorestamento, mitigar os efeitos das queimadas e, principalmente, como tornar os mecanismos de flexibilização estabelecidos em Kyoto – por exemplo, o mercado de créditos de carbono - mais eficientes, garantindo que atinjam a todos os países, também são pontos centrais e devem compor o novo tratado.
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