Beirute, 25 mar (EFE).- Milhares de pessoas assistiram hoje, em Beirute, ao enterro do "número dois" da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Kamal Medhat, assassinado na segunda-feira junto com outro dirigente e dois seguranças.
Representantes de todas as facções palestinas e, entre eles, o líder máximo da OLP no Líbano, Zaki Abbas, acompanharam os quatro caixões, cobertos com a bandeira palestina.
Kamal Medhat - mão direita de Zaki Abbas no Líbano - e Akram Daher - responsável de Esportes -, além de dois seguranças, morreram na segunda-feira quando uma bomba explodiu na passagem de seu veículo, perto do campo de refugiados palestino de Mieh Mieh, nos arredores da cidade de Sidon.
Todos os grupos palestinos condenaram os assassinatos, que ocorrem enquanto acontecem as tentativas de reconciliação política entre palestinos.
A imprensa libanesa afirmou que o atentado pode ser "um acerto de contas" entre palestinos, mas alguns indicam Israel como responsável.
O jornal "As Safir" afirmou hoje - citando fontes das forças de segurança - que o atentado foi preparado no campo de refugiados de Ein el-Hilweh, o maior do Líbano e próximo ao de Mieh Mieh.
Segundo as primeiras investigações, a bomba foi colocada para explodir na passagem do carro de Medhat e foi ativada à distância, minutos depois de Zaki Abbas passar, segundo o jornal "L'Orient-Le Jour".
O movimento palestino Fatah afirmou na segunda-feira que a bomba era destinada contra Zaki Abbas, e não contra Medhat.
Tanto Abbas quanto Medhat tinham ido separadamente ao campo de Mieh Mieh apresentar suas condolências às famílias das vítimas - dois mortos e três feridos - de uma recente briga entre palestinos.
O "As Safir", citando também fontes de segurança, advertiu sobre o risco de que o acampamento de Ein el-Hilweh se transforme em um novo Nahr al-Bared - campo que foi cenário de enfrentamentos no passado. EFE
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