WASHINGTON - Os países envolvidos precisam adotar uma nova abordagem para concluírem a Rodada de Doha de comércio global, lançada há sete anos, disse na terça-feira o representante comercial dos EUA, Ron Kirk.
Os EUA pretendem "trabalhar diligentemente rumo à conclusão bem-sucedida da Rodada de Doha, mas acredito que isso exigirá que estejamos dispostos a pensar diferente a respeito de como avançaremos para fazer isso", disse Kirk no Reuters Latin American Investment Summit.
Kirk disse que pretende fazer na semana que vem sua primeira visita à sede da Organização Mundial do Comércio, em Genebra, depois de chefiar a delegação que assiste à posse de Jacob Zuma como presidente da África do Sul, no sábado.
A Rodada de Doha foi lançada em 2001, com a premissa de que uma maior liberalização comercial ajudará os países pobres.
Concluir a Rodada de Doha é uma prioridade para o Brasil e outros países latino-americanos que consideram que suas exportações agrícolas são prejudicadas pelos generosos subsídios agrícolas dos EUA e da União Europeia.
Kirk, há seis meses no cargo, prometeu que os EUA em breve divulgarão detalhes sobre suas ideias a respeito da conclusão da Rodada de Doha.
Ele repetiu na terça-feira a posição dos EUA de que as atuais propostas em debate contêm muitos detalhes sobre os cortes norte-americanos nos subsídios agrícolas e tarifas industriais, ao passo que são vagos quando se trata da abertura de novos mercados em grandes países em desenvolvimento.
"O que buscamos é um acordo amplo e ambicioso em que os benefícios para os interesses (exportadores) agrícolas e não-agrícolas dos EUA sejam pelo menos tão definíveis quanto aquilo que esperam que cortemos", afirmou Kirk, que no entanto não quis dizer quais ideias específicas Washington tem para a negociação.
"As modalidades são horrivelmente complexas", disse Kirk, usando o jargão da OMC para se referir às fórmulas que estão sendo negociadas para o corte de subsídios e tarifas. "Ainda estamos revendo-as."
(Por Doug Palmer e Roberta Rampton)
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