O embaixador russo Vitaly Churkin, que ocupa a Presidência rotativa do principal órgão da ONU, assegurou que a reunião foi "positiva" em relação à preparação de um projeto de resolução que amplie o mandato dos observadores internacionais, que expira em 15 de junho.
Ele assinalou que as conversas dentro do conselho giraram em torno das recomendações apresentadas pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, em seu último relatório sobre a Unomig.
"Acho que nos proporcionam um bom ponto de partida, embora isso não queira dizer que vamos adotar cada uma das recomendações sem modificá-las", completou.
Já o embaixador da Geórgia perante a ONU, Alexander Lomaia, considerou que o relatório de Ban é um "passo para trás", fruto da "chantagem" de Moscou.
"O relatório ignora o mais óbvio, que é que milhares de militares, tanques e artilharia pesada russa estão estacionados em nosso país", apontou em coletiva de imprensa o diplomata.
Lomaia acusou a Rússia de ameaçar a ONU em vetar o projeto de resolução sobre a Unomig caso o relatório não fosse de seu agrado.
"É lamentável que o secretário-geral se prenda à chantagem russa", reiterou.
A Geórgia considera que a Unomig deveria contar com um contingente militar e policial forte que possa impor a ordem em sua área de responsabilidade.
"O que interessa aos russos é uma missão frágil ou, no melhor dos casos, inexistente", acrescentou.
A Unomig conta na atualidade com 129 observadores militares, 16 policiais e 105 empregados civis, que se encontram sob as ordens do enviado especial da ONU para a Geórgia, o belga Johan Verbeke.
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