Marta e Kassab usam dados imprecisos em debate
Ter, 21 Out, 08h53 Agência Estado
No debate da TV Record, anteontem, mais uma vez os candidatos Marta Suplicy (PT) e Gilberto Kassab (DEM) apresentaram informações imprecisas sobre seus governos. Os ataques improvisaram-se com números arredondados, projetos arquivados e até um caso de apropriação de conceito de gestão.
Marta reivindicou a criação dos Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepacs), moeda de troca para viabilizar operações urbanas na cidade, como Água Espraiada e Faria Lima.
No entanto, o Cepac teve origem em projeto de lei do então vereador Marcos Cintra, em 1995. O instrumento foi usado na Operação Urbana Faria Lima, ainda na gestão de Paulo Maluf (PP). Já Kassab levantou números que sua gestão ainda não aplicou ou não divulga à sociedade civil. Na saúde, o investimento de R$ 3,2 bilhões para este ano é uma previsão. Segundo último levantamento consolidado da Secretaria Municipal de Saúde, o prefeito gastou R$ 2,6 bi.
Com relação à habitação, Kassab apresentou uma informação que não disponibilizou ao Movimento Nossa São Paulo, principal ONG de fiscalização da administração paulistana. Assim como no debate anterior, Marta atacou o pedágio urbano - com mais um projeto arquivado. O documento encaminhado por Kassab à Câmara, que previa pedagiamento de duas novas faixas das marginais do Pinheiros e do Tietê foi retirado em maio de 2007.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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