domingo, 26 de outubro de 2008

Colômbia demite militares suspeitos de executar jovens


Exército da Colômbia
Há suspeitas que a prática de execuções seja comum no Exército
Três militares colombianos foram demitidos do Exército por ligações com execuções extrajudiciais que estão sendo investigadas no país.

Os três coronéis pertencem à 15ª Brigada Móvel, que opera na província Norte de Santander, próximo à fronteira da Venezuela. Eles foram destituídos pelo comandante do Exército da Colômbia, o general Mario Montoya.

Há indícios que sugerem que jovens desempregados e pobres de favelas de Bogotá eram seqüestrados e mortos, para serem apresentados como combatentes derrotados no conflito armado na Colômbia, o que teria rendido promoções aos oficiais.

A demissão dos coronéis pode ser o começo de um escândalo dentro das forças de segurança do governo do presidente Álvaro Uribe.

Eles foram demitidos em conexão com 11 casos sob investigação do Ministério Público. Mas há relatos de ações semelhantes que teriam acontecido em outras regiões do país.

O ministro da Defesa da Colômbia, Juan Manuel Santos, tentou se distanciar do escândalo, afirmando que alguns militares estão no Exército apenas interessados em provocar mortes na guerra contra guerrilhas, mas que essa não é a política do governo.

Uribe, que também se manifestou sobre as possíveis execuções extrajudiciais, admitiu que existe indícios de graves abusos de direitos humanos no Exército colombiano.

Fontes do escritório do Ministério Público afirmam que centenas de militares estão sendo investigados por casos semelhantes, e que o assassinato de jovens para criação de estatísticas artificiais na luta contra as guerrilhas pode ser uma prática generalizada no Exército.

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