A organização não-governamental (ONG) Oxfam França apelou hoje aos dirigentes do G20 para que publiquem uma lista negra dos paraísos fiscais, considerando que "sem lista, nenhuma sanção é possível", uma questão amplamente debatida na cimeira de Londres.
"A publicação de uma lista de paraísos fiscais e judiciários é indispensável: sem lista, nenhuma sanção é possível", disse Sebastien Fourmy da Oxfam França, antes da divulgação do comunicado final sobre as resoluções do G20.
A organização não governamental lamentou que o G20 pareça disposto a "renunciar a esta publicação", quando uma lista é necessária para "definir o conjunto dos paraísos fiscais segundo as diferentes formas de opacidade que oferecem, único meio de aplicar uma série de sanções eficazes".
Antes, o secretário do Tesouro britânico, Stephen Timms, garantiu que, na altura certa, o G20 iria produzir "uma lista de países que não cooperam" mas reconheceu que as discussões continuavam sobre a "altura desta publicação".
Na terça-feira, dez paraísos fiscais ou similares comprometeram-se com as autoridades de outros países a partilhar informações sobre eventuais evasões fiscais, noticiou o Daily Telegraph.
O jornal britânico acrescentou que o anúncio vai ser feito hoje em Londres pelo primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, durante a cimeira do G20 e o compromisso para uma maior transparência abrange Suíça, Liechtenstein, Luxemburgo, Mónaco, Andorra, Bélgica, Singapura, Hong Kong e Macau.
O acordo faz parte de um conjunto mais amplo de medidas destinadas a "limpar" o sistema financeiro mundial.
Os países e territórios em causa aceitaram partilhar informação com as autoridades fiscais de outros países quando lhes seja solicitado, mas sem que seja de forma automática.
O projecto do comunicado da cimeira do G20 indica que o sistema financeiro global deve ser protegido desse tipo de jurisdições.
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