PHNOM PENH - Um dos líderes do Khmer Vermelho, Kaing Guek Eav, conhecido como Duch, começará a ser julgado na segunda-feira por crimes de guerra e crimes contra a humanidade, tortura e homicídio.
Este será o primeiro julgamento de genocídio relacionado ao violento regime do grupo comunista Khmer Vermelho, que governou o Camboja entre 1975 e 1979. Nesse período, cerca de 1,7 milhão de cambojanos morreram executados, de fome, por trabalhos forçados e por negligência médica. Duch comandou a principal prisão do Khmer Vermelho, conhecida como S-21 ou Tuol Sleng, aonde, acredita-se, até 16 mil homens, mulheres e crianças foram enviados para a morte depois de terem sido torturados.
O tribunal, administrado pelo Camboja e pela Organização das Nações Unidas (ONU), irá julgar outros quatro líderes do Khmer Vermelho ao longo do próximo ano. O líder do grupo, Pol Pot, morreu em 1998. "O povo cambojano finalmente verá um dos mais notórios líderes do Khmer Vermelho ser julgado", disse o grupo de direitos humanos Anistia Internacional em comunicado. "Mas muitos outros precisam enfrentar o tribunal para que realmente seja feita justiça às milhões de vítimas desses crimes horríveis."
Críticos dizem que o governo do Camboja limitou o alcance do tribunal porque outros potenciais suspeitos são hoje leais ao primeiro-ministro Hun Sen, e prendê-los seria politicamente embaraçoso. As informações são da Associated Press.
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