sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Eleições no Rio

Candidatos do Rio discutem milícias e tráfico em debate

Ter, 21 Out, 02h29 Agência Estado

A ocupação de comunidades pobres por traficantes ou integrantes de milícias foi um dos temas do debate entre os candidatos à prefeitura do Rio de Janeiro realizado hoje na sede do jornal O Dia. Eduardo Paes, do PMDB, e Fernando Gabeira, do PV, pregaram a parceria da prefeitura com os governos estadual e federal para enfrentar os criminosos que dominam as favelas cariocas.

Paes propõe ações conjuntas do poder público para levar principalmente educação, saúde e oportunidade para os jovens pobres. "A ausência do poder público faz com que o poder paralelo se apresente e se aproveite da miséria para se expandir nessas áreas. O traficante ou miliciano se aproveita dessa carência", afirmou o candidato da coligação "Unidos pelo Rio" (PMDB-PP-PSL-PTB).

Já Gabeira propôs a união em torno de um "projeto de libertação da cidade", que gradativamente acabe com ações impostas pelo crime, como toque de recolher e obrigatoriedade de consumo de produtos em determinados pontos das comunidades. "O que diferencia o Rio de outras cidades onde há tráfico é a ocupação armada, que ameaça nossa soberania. O prefeito tem direito de colocar o pé em qualquer metro quadrado público da cidade e eu quero fazer isso", disse o candidato do PV.

Ambos candidatos lamentaram e se disseram impressionados com a morte do vereador Alberto Sales, do PSC, assassinado hoje na Barra da Tijuca. Durante o primeiro turno, o vereador afirmou ter recebido ameaças de traficantes quando tentava fazer campanha na favela Mundial, no subúrbio de Honório Gurgel.
Prostituição

O debate transcorreu em clima cordial, ao contrário dos dois confrontos realizados nas TVs Bandeirantes e Record. Paes reiterou a opinião contrária ao projeto de Gabeira, da "Frente Carioca" (PV-PSDB-PPS), de legalizar a profissão de prostituta. "É minha opinião, mas não há preconceito contra qualquer segmento." Gabeira disse que o projeto pretende levar as prostitutas para o trabalho formal, inclusive com desconto para a previdência. "Estou com elas até o fim."

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