Os Modelos de Organismos Internacionais ou Modelos de Organizações Multilaterais é prática relativamente recente no Brasil, contudo, no mundo eles têm uma história que remete à Liga das Nações.
Um modelo consiste na simulação das negociações ocorridas nos mais diversos fóruns internacionais. Durante o evento, os organismos são divididos em comitês. Cada comitê debate temas específicos nos quais é especializado. Incluem-se aí, também, os Conselhos da ONU, como o de Segurança e o Econômico e Social. Esses modelos não se limitam à estrutura do Sistema ONU. Existem, também, simulações de outros foros de negociação, como a Liga Árabe e a Organização dos Estados Americanos.
O objetivo geral destas simulações é expor os estudantes - que, dependendo do público-alvo do modelo, podem ser de estudantes de ensino médio ou universitário - ao ambiente diplomático encontrado nos foros multilaterais criados para a resolução de questões internacionais. Elas se constituem de breves conferências simuladas, com cerca de quatro dias de duração, que podem ser regionais, nacionais e, até mesmo, internacionais, nas quais os alunos reproduzem os procedimentos de negociação, formais e informais, tomados no âmbito dos mais importantes organismos internacionais.
Organizados em delegações, os estudantes de diversas instituições de ensino se transformam em delegados durante a simulação. Eles concebem estratégias, negociam com aliados e adversários e, principalmente, solucionam conflitos. Com isto, treinam a oratória, preparam projetos de resoluções e aprendem as regras de procedimento das Nações Unidas.
Segundo as normas de inscrição do modelo, a mesma escola ou universidade pode participar com uma ou mais delegações, as quais correspondem representações diplomáticas de países distintos.
Os estudantes, previamente preparados, tendo estudado a política externa do país que irão representar e atualizados sobre os temas a serem debatidos, devem fazer o trabalho de diplomatas da nação designada, atuando nos órgãos e comitês oferecidos pela organização do modelo.
É importante lembrar que não é necessário ter experiência em relações internacionais para participar de um Modelo da ONU. Qualquer um, que tenha a ambição de aprender algo novo e de trabalhar com pessoas para fazer a diferença no mundo, pode se tornar um delegado em uma simulação.
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