Geórgia admitiu uso de bombas de fragmentação

Geórgia admitiu uso de bombas de fragmentação
2008-09-01

A Geórgia admitiu ter utilizado bombas de fragmentação no conflito com as forças russas na região separatista da Ossétia do Sul, afirmou a organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch.

A organização, sedeada em Nova Iorque, já tinha acusado anteriormente a Rússia de ter utilizado o mesmo tipo de armamento.

"A Geórgia admitiu no passado fim-de-semana à Human Rights Watch ter usado bombas de fragmentação em diferentes lugares", afirmou Bonnie Docherty, uma especialista do departamento de armas da organização, em declarações à comunicação social.

"Responsáveis georgianos admitiram ter utilizado munições de fragmentação do tipo M85 perto do túnel de Roki (situado na fronteira entre a Ossétia do Norte, república russa do Cáucaso, e a Ossétia do Sul)", acrescentou Bonnie Docherty.

A Human Rights Watch (HRW) denunciou igualmente que "pelo menos 14 civis foram mortos e outros milhares ficaram feridos em pelo menos quatro aldeias" afectadas pela utilização de bombas de fragmentação pelas forças russas e georgianas.

"A Rússia negou (o uso de bombas de fragmentação), mas detemos provas inegáveis que as tropas russas usaram este tipo de armamento em vários locais", referiu ainda a responsável da organização.

Durante a Conferência sobre Desarmamento das Nações Unidas, numa sessão plenária realizada a 14 de Agosto, Geórgia e Rússia trocaram acusações sobre a utilização deste tipo de armamento e denunciaram-se mutuamente por violações ao direito internacional humanitário.