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quarta-feira, 29 de abril de 2009

Degelo dos Andes ao Ártico pode apressar pacto climático da ONU

Por Alister Doyle

TROMSOE, Noruega (Reuters) - O derretimento acelerado do gelo do Himalaia ao Círculo Polar Ártico é um sinal de alerta para que os governos trabalhem por um novo e forte tratado climático sob a chancela da Organização das Nações Unidas a fim de combater a mudança climática, disse o ex-vice presidente dos EUA Al Gore nesta terça- feira.

"O gelo está derretendo mais rápido do que as piores projeções de apenas alguns anos atrás no Ártico e na Groenlândia", disse Gore, que dividiu o prêmio Nobel da Paz de 2007 com o Painel Climático da ONU, durante conferência na Noruega sobre o degelo.

"O gelo também está derretendo na Antártida Ocidental e em regiões de montanha ao redor do mundo", acrescentou.

Na abertura de um encontro de dois dias com cientistas e oito países do Ártico na cidade de Tromsoe, no norte do país, o ministro das Relações Exteriores norueguês, Jonas Gahr Stoere, acrescentou que o gelo estava desaparecendo da terra ao redor do planeta com o aumento das temperaturas e o aumento do nível dos oceanos.

"Esse é um fenômeno global refletindo o aquecimento global", afirmou ele em uma entrevista coletiva, referindo-se ao degelo em locais como "o Himalaia, os Alpes, os Andes, Kilimanjaro, Groenlândia, Pólo Sul ou Pólo Norte".

Stoere afirmou que ele e Al Gore planejam organizar uma força-tarefa com especialistas para estudar o derretimento e relatá-lo à conferência da ONU em Copenhague em dezembro, na qual deverá ser aprovado um novo pacto climático.

As evidências mais recentes do degelo seriam uma "mensagem de alerta para Copenhague", afirmou ele.

Muitas geleiras estão sofrendo retração, mas até agora a relação entre o degelo nas montanhas nos trópicos e o Ártico não foi suficientemente ressaltado, afirmou.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Degelo nos polos se acentua, alerta agência da ONU

SÃO PAULO - A Antártida está derretendo a um ritmo mais rápido do que se imaginava. O alerta é de estudo da Organização Meteorológica Mundial (OMM), agência das Nações Unidas. A consequência é a elevação dos oceanos a níveis não previstos pelo Painel Internacional sobre Mudanças Climáticas (IPCC). As conclusões do painel deveriam servir como base de políticas públicas sobre mudanças climáticas.



O relatório, preparado no âmbito das comemorações do Ano Polar, indica que os polos estão sofrendo ?acelerada e generalizada? perda de gelo. Colin Summerhayes, diretor-executivo do Comitê Científico de Pesquisas sobre a Antártida, admitiu que não esperava conclusão tão sombria. O estudo foi realizado durante dois anos e envolveu mais de mil cientistas de 60 países.



Para chegar ao resultado, eles utilizaram satélites, submarinos e alta tecnologia. A pesquisa concluiu que, em dez anos, as águas próximas ao continente aqueceram duas vezes mais que o resto dos oceanos nos últimos 30 anos. ?Pode ser o indício de um colapso da cobertura de gelo da Antártida?, alertou Summerhayes. ?Essas mudanças provam que o aquecimento global está afetando a Antártida de formas que não conhecíamos antes?, afirmou.



Outra conclusão foi que o número de blocos de gelo deslocados do continente atinge uma taxa sem precedentes. Isso seria parte das evidências de que há uma mudança climática na região. A maior preocupação se refere ao Glacial de Pine: o degelo faz com que se mova 40% mais rápido que a taxa média registrada nos anos 1970. No caso do Glacial Smith, a velocidade é 83% maior que a verificada em 1992. Segundo os cientistas, a aceleração é uma variável que indica perda de gelo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.