quinta-feira, 13 de março de 2008

Notícias Mais Ortodoxas V

ONU: Líbia bloqueia texto do Conselho de Segurança sobre atentado em instituto talmúdico em Jerusalém
Nova Iorque, Nações Unidas, 07 Mar (Lusa)

O Conselho de Segurança da ONU não obteve consenso na quinta-feira quanto ao texto sobre o atentado no instituto talmúdico em Jerusalém, por causa da oposição da Líbia, revesob as ordens dos acusados, "bombardearam cidades e aldeias", forçando milhares de pessoas a fugir. "Para os que ficaram, a vida tornou-se num pesadelo", frisou. "Casas e aldeias foram pilhadas, houve uma destruição em grande escala e numerosas pessoas foram assassinadas", adiantou Tieger. Entre 150.000 e 200.000 sérvios fugiram da Sérvia e da Bósnia durante a operação "Tempestade" e mais de 150 civis morreram, segundo o Procurador. Os três acusados declararam-se «não culpados». Para os advogados de defesa, Ante Gotovina "pôs fim à guerra entre a Bósnia e a Croácia (...) e merece louvores e não uma acusação". O julgamento de Gotovina e dos dois co-acusados está atrasado quase um ano devido a problemas com a defesa dos dois outros acusados, Markac e Cermak. O ex-general croata, a quem foi negada a liberdade provisória, devido ao risco de fuga, converteu-se num herói nacional em 1995 quando as forças croatas que comandava reconquistaram Krajina. Gotovina foi transferido para Haia em Dezembro de 2005, na sequência da detenção num hotel de Tenerife (Espanha). lou o embaixador dos EUA, Zalmay Khalilzad. O Conselho de Segurança tinha-se reunido de urgência por iniciativa dos Estados Unidos, para discussões à porta fechada, na sequência do atentado que provocou oito vítimas mortais no instituto talmúdico de Jerusalém Ocidental. Evocando o atentado, o embaixador norte-americano na ONU tinha dito à imprensa, antes da reunião: "Condenamo-lo nos termos mais enérgicos, vamos discutir com os nossos colegas do Conselho de Segurança para encontrarmos uma resposta apropriada". Pouco antes, o embaixador adjunto de Israel, Daniel Carmon, tinha declarado à AFP que o seu país esperava "uma reacção rápida e forte a este terrível acto de terrorismo". Os EUA fizeram circular o texto de uma declaração que desejavam ver adoptada pelo Conselho, onde se "condena nos termos mais enérgicos o ataque terrorista cometido a 06 de Março em Jerusalém". Oito estudantes israelitas de um instituto de estudos talmúdicos de Jerusalém Ocidental foram mortos a tiro por um palestiniano que fez igualmente nove feridos, segundo um balanço de fontes médicas e policiais. Este atentado, o mais mortífero de há quatro anos, suscitou larga reprovação na comunidade internacional mas também manifestações de júbilo de organizações anti-israelitas e uma profunda preocupação em relação às discussões de paz já de si em situação precária. Os diplomatas norte-americanos tinham indicado que desejavam obter o acordo dos 15 membros do Conselho de Segurança em relação ao texto, sem estabelecer uma ligação entre o atentado de Jerusalém e a ofensiva militar israelita na Faixa de Gaza, que causou numerosos mortos na semana passada. No entanto, um diplomata líbio, Ahmed Gebreel, indicou que a sua delegação iria levantar a questão de Gaza nos debates. A Líbia já tinha convocado de urgência o Conselho de Segurança, no sábado passado, em nome dos Estados árabes, para discussão da ofensiva israelita que se seguiu ao lançamento de "rockets" sobre Israel, vindos da Faixa de Gaza. O Conselho condenou no sábado essas violências, mas sem encontrar um consenso sobre o texto apresentado pela Líbia. Desta vez, foi a Líbia que impediu o consenso sobre o texto norte-americano. OM.

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