quarta-feira, 26 de maio de 2010

Reunião debate expulsão de ONGs em Darfur

6/03/2009
Representante da Grã-Bretanha disse que países-membros estão preocupados sobre decisão do governo sudanês de revogar atuação de 13 ONGs humanitárias.

Carlos Araújo & Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York*.

O embaixador britânico nas Nações Unidas, John Sawers, afirmou que os países-membros do Conselho de Segurança estão preocupados com a situação humanitária na província de Darfur.

Ele falou a jornalistas durante uma reunião do conselho, a portas fechadas, nesta sexta-feira, com representantes do Escritório de Assistência Humanitária das Nações Unidas, Ocha, depois da expulsão, pelo governo sudanês, de 13 ONGs em Darfur.

O embaixador do Sudão na ONU, Abdalmahmood Abdalhaleem Mohamad, disse que as agências expulsas estariam representando governos e que já era hora de o Sudão colocar ordem na própria casa.

Indiciamento

Mohamad afirmou que não entende como os países podem apoiar o indiciamento de um chefe de Estado em exercício e protestar pela expulsão do que ele chamou de "algumas ONGs irresponsáveis". Ele informou que teria recebido uma ligação da embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Susan Rice, para discutir o assunto.

O anúncio de expulsão das ONGs foi feito horas após o Tribunal Penal Internacional, TPI, emitir um mandado de prisão contra o presidente sudanês, Omar al-Bashir, por crimes contra a Humanidade e de guerra.

Para o embaixador da França, Jean-Maurice Ripert, as ONGs forneciam mais de metade da ajuda humanitária à população de Darfur.

Ele revelou que até 1,5 milhão de pessoas estavam agora em risco de não ter comida, acesso à agua e saneamento.

O embaixador da França disse que o Conselho de Segurança tinha apelado ao governo sudanês para respeitar os compromissos que assumiu na área humanitária.

Já o representante do Sudão afirma que outras agências como o Programa Mundial de Alimentos, PMA, continua a atuar no país e a distribuir comida a quem precisa em Darfur.

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