Carlos Araújo & Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York*.
O embaixador britânico nas Nações Unidas, John Sawers, afirmou que os países-membros do Conselho de Segurança estão preocupados com a situação humanitária na província de Darfur.
Ele falou a jornalistas durante uma reunião do conselho, a portas fechadas, nesta sexta-feira, com representantes do Escritório de Assistência Humanitária das Nações Unidas, Ocha, depois da expulsão, pelo governo sudanês, de 13 ONGs em Darfur.
O embaixador do Sudão na ONU, Abdalmahmood Abdalhaleem Mohamad, disse que as agências expulsas estariam representando governos e que já era hora de o Sudão colocar ordem na própria casa.
Indiciamento
Mohamad afirmou que não entende como os países podem apoiar o indiciamento de um chefe de Estado em exercício e protestar pela expulsão do que ele chamou de "algumas ONGs irresponsáveis". Ele informou que teria recebido uma ligação da embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Susan Rice, para discutir o assunto.
O anúncio de expulsão das ONGs foi feito horas após o Tribunal Penal Internacional, TPI, emitir um mandado de prisão contra o presidente sudanês, Omar al-Bashir, por crimes contra a Humanidade e de guerra.
Para o embaixador da França, Jean-Maurice Ripert, as ONGs forneciam mais de metade da ajuda humanitária à população de Darfur.
Ele revelou que até 1,5 milhão de pessoas estavam agora em risco de não ter comida, acesso à agua e saneamento.
O embaixador da França disse que o Conselho de Segurança tinha apelado ao governo sudanês para respeitar os compromissos que assumiu na área humanitária.
Já o representante do Sudão afirma que outras agências como o Programa Mundial de Alimentos, PMA, continua a atuar no país e a distribuir comida a quem precisa em Darfur.
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