A mais importante reunião mundial sobre mudanças climáticas de 2008 começou dia 1/12 em Poznan, na Polônia, e o mundo está de olho. Todos querem saber o que os governos representados na Conferência das Partes (COP) da Convenção da ONU sobre Mudanças Climáticas vão apresentar de concreto para evitar os impactos do aquecimento global sobre o clima do planeta. É hora de enfrentar a situação com seriedade. Temos os meios para tanto - haverá determinação e coragem?
As negociações em Poznan giram em torno do acordo para a segunda fase do Protocolo de Kyoto, que expira em 2012. Para que o documento passe a vigorar no prazo estipulado, ele precisa ser finalizado na próxima reunião da ONU sobre Mudanças Climáticas, marcada para dezembro em 2009, em Copenhagen, na Dinamarca. Depois disso, o texto ainda precisa ser ratificado por todas as nações que participaram das negociações.
"Os impactos das mudanças climáticas estão correndo a frente das projeções científicas", afirmou Stephanie Tunmore, da campanha de Clima do Greenpeace Internacional. "No entanto, estamos vendo uma falta de liderança nas negociações. Há governos que ainda não entenderam a urgência da crise climática."
Segundo o Painel Intergovernamental da ONU sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), caso a temperatura média da Terra exceda os 2ºC, poderemos ter:
Na reunião da ONU de 2007, em Bali, quando o 4o. relatório do IPCC foi divulgado, foi acertada uma linha de negociação para a segunda fase do Protocolo de Kyoto, com a previsão de processos para financiar e fornecer tecnologias limpas aos países em desenvolvimento e um fundo para ajudar as vítimas do aquecimento global. Mas pouco avançamos desde então. Precisamos cobrar progressos, exigindo dos os governos mais seriedade nas discussões sobre as mudanças climáticas. O Greenpeace exige um acordo mais amplo, profundo e forte do que o Protocolo de Kyoto. Para isso, é preciso que:
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