segunda-feira, 1 de junho de 2009
sexta-feira, 29 de maio de 2009
Eleições na Índia: termina hoje a votação que dura há mais de um mês
Desde a última década que nenhum dos partidos nacionais consegue governar o país sem negociações e casamentos de conveniência. Desta vez, e se os resultados das legislativas - que serão anunciados a 16 de Maio - não trouxerem surpresas, nem as tradicionais alianças chegarão para garantir a formação de um executivo. Quer este calhe ao Congresso, como parece mais provável, quer ao BJP. Os dois parecem estar a pagar erros cometidos desde há décadas.
O mesmo homem que ajudou o país a caminhar para a independência, e que o levou para a democracia, não conseguiu fazer em casa o que fez na segunda nação mais populosa do mundo. O Partido do Congresso, que Jawaharlal Nehru criou, continua a escolher os seus líderes tendo em conta o apelido - Nehru-Gandhi à frente de qualquer outro.
"A Índia começou a viagem para a independência apenas com um partido genuinamente nacional", escreve Edward Luce no livro In Spite of The Gods. O Congresso pretendia representar todas as castas, religiões, línguas e raças. Mas na verdade "foi esmagadoramente dominado pelas elites urbanas e rurais vindas sobretudo das castas mais altas... Esta cultura persiste até hoje".
A favor do Governo
Mas o Congresso sabe também que sem o voto das castas mais baixas não se mantém no poder. Alguns indicadores poderão ajudar os eleitores a renovar a confiança que inesperadamente depositaram no partido em 2004, quando todas as previsões apontavam para uma nova vitória dos nacionalistas hindus.
"Houve programas de emprego muito importantes, aplicados em regiões rurais", afirmou ao PÚBLICO o analista Sanjay Kumar, do Centro de Estudos das Sociedades em Desenvolvimento de Nova Deli, para comentar as principais medidas tomadas pelo Governo do Congresso. Trata-se de uma forma de dar emprego pelo menos durante 100 dias por ano a qualquer indiano das zonas rurais que esteja sem trabalho. Ou seja, a dezenas de milhões de pessoas.
Apesar dos casos de corrupção que gerou, a medida foi louvada pelo Banco Mundial e o director para a Índia da agência Action Aid considerou-a "uma das leis mais progressistas que a Índia alguma vez teve", cita a Reuters.
Sanjay Kumar realça outra das gran-des vitórias do executivo de Manmohan Singh: "O direito à informação oficial, que criou mais confiança no Governo. Se queremos saber alguma coisa, o Governo tem a obrigação de informar. É um aspecto revolucionário. Pode não fazer diferença para a população rural, mas faz muita nos meios urbanos".
Mas isto não será o suficiente para devolver ao Congresso a confiança que já recebeu dos indianos.
Mais semelhanças
Do ponto de vista económico, Congresso e BJP não diferem muito, comenta Constantino Xavier, do Instituto Português de Relações Internacionais (IPRI). "Ambos são a favor do liberalismo económico", diz. O BJP realça, no entanto, que "o desenvolvimento não deve estar submetido aos valores ocidentais".
Em relação à política externa, "o BJP opôs-se ao acordo nuclear com os EUA [que permite a Deli adquirir material e tecnologia nuclear], mas foi o Governo do BJP que o iniciou. O Congresso só deu o último passo".
Mais do que contestar a situação económica da Índia - que cresceu oito por cento nos últimos quatro anos e que deve manter-se em segundo na lista de países em maior aceleração económica -, os nacionalistas hindus têm atacado as respostas ao terrorismo, sobretudo depois dos atentados de Novembro em Bombaim. "O BJP ameaçou o Paquistão com ataques preventivos, mas ninguém acredita nisso; ninguém no BJP com ambições de poder terá essa linha radical. Interessa à Índia aproximar-se do Paquistão."
Sendo o BJP um partido de tecnocratas e de poder, é também um partido moderado, continua o investigador do IPRI. "Mas tem também um handycap: as várias organizações da família nacionalista hindu." Como é o caso do Vishwa Hindu Parishad (VHP, Conselho Mundial Hindu) e de organizações não governamentais como o RSS, "que estão no terreno quando acontecem as coisas" - leia-se confrontos intercomunais - e dão as respostas mais radicais. "O BJP depende destas organizações para as eleições, mas ao mesmo tempo perde o eleitorado mais moderado."
O partido "transita constantemente entre conquistar eleitorado urbano e moderado e os canais de propaganda e retórica das organizações radicais hindus, servindo-se delas quando se quer demarcar do Congresso". Resta ao candidato a primeiro-ministro, Lal Krishna Advani, tentar fazer a ponte entre uns e outros.
Não se elegem anjos
Congresso e BJP "são partidos com liderança fraca, fragmentados ideologicamente, que sofrem pressões externas [da esquerda, no caso do Congresso, e dos nacionalistas no BJP] e estão ambos em erosão acelerada", resume Constantino Xavier.
O cenário favorece a proliferação dos partidos regionais - sendo que "regional" é um termo relativo: o estado Uttar Pradesh, por exemplo, tem 190 milhões de pessoas, tantas como o Brasil, lembra o historiador Mahesh Rangarajan num artigo na BBC.
"O declínio do Congresso data do fim da década de 1980. Foi então que deixou de atrair uma vasta gama de classes baixas, especialmente as minorias religiosas que sentiram que estava a fazer compromissos sobre o pluralismo em detrimento da sua segurança", explica o historiador. O BJP também nunca conseguiu acomodar o sentimento regional, com excepção do estado do Gujarat.
Rangarajan adianta que a Terceira Frente que entretanto emergiu, associando vários partidos regionais e de esquerda, é composta por grupos que defendem uma política mais descentralizada, inclinam-se mais para os eleitores rurais do que urbanos e vêem como positiva uma intervenção maior do Estado para garantir mais segurança social.
A formação de partidos regionais, de castas ou linguísticos (há 22 línguas oficiais na Índia) está a aproveitar-se do declínio dos dois partidos nacionais. E de certa forma a sua existência é mais representativa da diversidade indiana. Mas tornam difícil prever o desfecho destas eleições. Fortalecidos nas urnas, terão de ser tidos em conta na hora de formar governo.
"A democracia parlamentar na sua variante britânica foi uma planta estranha ao solo indiano... Sobreviveu devido a uma grande dose de tolerância entre as pessoas face às suas distorções evolutivas", escreve o analista e diplomata Pavan K. Varma, no livro Being Indian. "Os indianos não esperavam eleger anjos." E certamente não o farão nestas legislativas.
sábado, 9 de maio de 2009
segunda-feira, 20 de abril de 2009
Banco de Histórias... Action Aid

A monocultura de eucalipto constrasta com a horta verde do agricultor familiar Arcílio sua esposa Clotilde
Arcílio e Clotilde dos Santos (foto acima) vivem em Vereda Funda, uma comunidade rural no alto da Serra Geral no norte de Minas Gerais. Desde o início da década de 70, o plantio de eucalipto para a indústria suiderúrgica tomou conta de grandes extensões de terras da União. O resultado foi a secagem e o assoreamento das nascentes e o colapso dos meios de vida de milhares de agricultores familiares da região.
Com o apoio da ActionAid, o Centro de Agricultura Alternativa do Norte de Minas Gerais tem ajudado aos agricultores familiares a estabelecerem formas sustentáveis de agricultura e extrativismo na região e a ter acesso aos mercados. Vereda Funda é uma das poucas comunidades que conseguiu proibir o replantio do eucalipto e já assiste aos benefícios do retorno do cerrado, a vegetação natural da região. As nascentes se recuperaram e os agricultores podem produzir mais alimentos e em melhor qualidade.
© André Telles/ActionAid/Brasil
terça-feira, 14 de abril de 2009
ActionAid - ONG internacional propõe criação de fundo para apoio a países em desenvolvimento
Alana Gandra
Rio de Janeiro - A organização não-governamental ActionAid pediu hoje (2), em Londres, a criação de um pacote de estímulo global para os países em desenvolvimento de, pelo menos, US$ 400 bilhões anuais, uma espécie de fundo que seria usado para compensar o impacto da crise financeira internacional.
A ONG defende que esse fundo possa ser utilizado pelos países emergentes para gerar emprego, salvar suas economias e criar políticas sociais.
A Action Aid pediu também que o fundo não tenha condicionalidades, isto é, que os países não sejam obrigados a cumprir as regras que costumam ser impostas por organismos de fomento, como o Fundo Monetário Internacional (FMI).
“Que eles tenham efetivamente liberdade para usar esses recursos para o desenvolvimento interno”, disse à Agência Brasil o coordenador do Programa de Segurança Alimentar da ONG, Celso Marcatto.
Em relatório divulgado hoje (2) durante reunião do G20 na capital do Reino Unido, a ActionAid reivindicou que as medidas urgentes para controlar a crise financeira mundial, visando reduzir seus efeitos sobre os países em desenvolvimento, devem ser tomadas pelo conjunto dos países desenvolvidos e emergentes que integram o G20, e não de modo individual.
“Não cabe neste momento, que os países do primeiro mundo, que criaram a crise e que têm recursos, pensem apenas em salvar as suas economias e deixar os outros países, que não têm recursos nem criaram a crise, sendo responsáveis por lidar com esse problema”, observou Marcatto.
A ActionAid teme que os investimentos que os países industrializados estão fazendo em suas economias acabem amplificando a desigualdade, “porque a capacidade de investimento desses países é muito diferenciada”.
A ActionAid trabalha há 35 anos, em 40 países, no combate à pobreza no mundo.
domingo, 12 de abril de 2009
Lésbicas são alvo de estupradores na África do Sul
"Somos insultadas todos os dias, espancadas quando estamos na rua e constantemente lembradas de que devemos ser estupradas. Eles dizem que precisamos aprender a ser mulher de verdade", declarou uma africana lésbica ao NGO Action Aid. O depoimento foi acrescentado no relatório.
Segundo dados da NGO, cerca de 500 mil mulheres são estupradas na África do Sul a cada ano
quinta-feira, 9 de abril de 2009
Em que mundo você vive?
quarta-feira, 8 de abril de 2009
Conheça... A Action Aid
A ActionAid é uma organização não-governamental, sem fins lucrativos e sem filiação partidária ou religiosa, que trabalha em mais de 40 países para vencer a pobreza há 35 anos.
Nosso trabalho é desenvolvido em parceria com grupos e organizações locais de comunidades pobres para construir alternativas de superação das dificuldades e garantir o acesso destas populações aos direitos básicos como alimentação, saúde, moradia, educação, igualdade entre homens e mulheres, raças e etnia.
Nossa experiência com comunidades pobres em todo o mundo nos fez concluir que as relações de poder injustas e desiguais estão na raiz da pobreza. A pobreza e a injustiça não são inevitáveis: são resultado das estruturas e processos dos sistemas políticos, sociais e econômicos construídos pelo homem, e, portanto, de escolhas feitas por pessoas, comunidades, instituições e nações para discriminar, excluir ou explorar as demais. A falta de poder está ligada ao desrespeito a direitos humanos básicos. Nosso trabalho gira em torno do apoio às pessoas pobres para que reivindiquem tais direitos, de modo que possam melhorar suas vidas e se fazerem ouvidos. No Brasil nosso foco está na promoção de quatro direitos fundamentais: A realização desses direitos é promovida através de projetos de desenvolvimento em parceria com organizações locais, ongs e movimentos sociais para fortalecer as capacidades das comunidades na construção de alternativas sustentáveis. Por meio de redes e campanhas levamos ao conhecimento de governos e instituições internacionais as causas da vulnerabilidade desses grupos, influenciando a maneira como estas instituições se posicionam em relação às conseqüências de suas decisões, em níveis locais e globais. Direito à alimentação
Direito à educação
Direitos das mulheres e afro-descendentes
Direito à participação democrática
segunda-feira, 6 de abril de 2009
Sierra Leone: Action Aid Boosts FSU
Speaking at the donation ceremony held at the criminal investigations department, CID headquarters in Freetown, country director Tennyson Williams said the aim of the donation was to continue the support they give to the police
He said the gesture was also part of the his organization's responsibilities in the country.
"To support the FSU is part of ActionAid's responsibilities. We have many responsibilities and this is just one of them. We are working in cohabitation with the police across to country, especially to minimise the violence against women and children," Williams said.
He said he believed that if the police were fully supported they will work more.
Police AIG Francis Munu said the items were not the first support they have received from ActionAid.
"They help us even in the recent police training. This is an addition of their support," Munu said adding that they were now getting many cases of violence than ever before.
He said because of the awareness raising activities they do across the country, women now feel comfortable to come to the police whenever there was a problem.
"The SLP established the FSU unit in all police sations to look at complaints brought in by women and children.,"said the police boss.
He, however, assured that the items will be used judiciously.
domingo, 5 de abril de 2009
Emma Thompson, na África do Sul
quarta-feira, 1 de abril de 2009
Entenda os protestos marcados para o G20
A reunião está marcada para quinta-feira, em Londres. No sábado passado, uma marcha batizada de Put People First (Coloquem as Pessoas em Primeiro Lugar, em tradução livre) reuniu dezenas de milhares de pessoas no centro da capital britânica e marcou o início do que promete ser uma temporada de manifestações.
Veja abaixo os principais protestos programados, os grupos envolvidos na organização e o que eles querem dos líderes mundiais.
PUT PEOPLE FIRST (Coloquem as Pessoas em Primeiro Lugar, em tradução livre) - As principais reivindicações desse movimento são governança democrática da economia global, empregos decentes e serviços públicos para todos, o fim da pobreza global e da desigualdade e o estabelecimento de uma economia verde. Seu principal protesto foi uma marcha realizada no sábado.
ActionAid: "Os líderes do G20 que se reunirão em Londres têm uma oportunidade única de criar um sistema novo, mais justo, que coloque as pessoas em primeiro lugar. Uma maneira de começar é reformar os paraísos fiscais."
"Nós queremos que o G20 acabe com o véu de sigilo que permite que as empresas soneguem impostos. Isso permitiria que os países em desenvolvimento reivindicassem o dinheiro a que têm direito e usassem esse dinheiro para construir hospitais, cavar poços e empregar professores."
TUC (Trades Union Congress, a central sindical britânica): "Nós precisamos de um novo começo por parte de Barack Obama, Gordon Brown e os outros líderes mundiais que virão a Londres para o encontro do G20."
"Eles precisam reconhecer os erros do passado mas, mais importante do que isso, construir um futuro diferente, que combata a recessão ao fazer do mundo um lugar mais justo e mais verde."
Save the Children: "O encontro do G20 deve fazer mais do que resgatar o sistema bancário. Precisa estar também preocupado em proteger os mais pobres das graves consequências de uma crise econômica e financeira que não foi criada por eles."
"Em primeiro lugar, um pacote de estímulo econômico global deve oferecer algo muito tangível aos países mais pobres do mundo, principalmente recursos adicionais para lidar com os efeitos da crise econômica. Em segundo lugar, as propostas de reformas na governança econômica global devem incluir mais voz para os países mais pobres do mundo. Em terceiro lugar, precisa haver um novo foco em ajudar as comunidades mais pobres."
Stop Climate Chaos Coalition: "Os líderes mundiais devem aproveitar a oportunidade de combater as mudanças climáticas e a crise econômica conjuntamente."
"Somente investindo em empregos verdes e economias com baixa emissão de carbono será possível assegurar um modo de vida sustentável para as gerações futuras."
Plan: "Enquanto as pessoas estão sentindo o problema aqui na Grã-Bretanha, são os mais pobres entre os mais pobres do mundo em desenvolvimento que enfrentam as piores dificuldades, até mesmo a morte."
"Crianças e jovens representam metade da população no mundo em desenvolvimento, mas apesar disso suas vozes são raramente ouvidas. Nós acreditamos que é vital que os líderes mundiais presentes neste encontro do G20 em Londres ouçam o que os jovens têm a dizer."
Salvation Army (Exército de Salvação): "O culto religioso e a manifestação em Londres são uma oportunidade perfeita de pedir aos membros do G20 que levem em consideração o bem-estar das pessoas mais vulneráveis do mundo."
"O Exército de Salvação é um movimento internacional, parte da Igreja cristã universal, comprometido com as necessidades humanas e com o trabalho pela justiça social, sem discriminação. É um privilégio nos unirmos às vozes de tantos outros para pedir ações contra a pobreza e as mudanças climáticas."
WWF: "Nós acreditamos que a resposta dos líderes do G20 à crise econômica precisa nos levar adiante, para um novo sistema econômico e que um retorno à ideia de que tudo continuará normalmente apesar dos contratempos simplesmente não é mais uma opção."
"Medidas para reformar a economia global para alcançar segurança econômica só serão bem-sucedidas se tiverem sustentabilidade ambiental e igualdade em sua essência."
YES WE CAN (Sim, Nós Podemos, em tradução livre), coalizão com protesto marcado para a tarde de 1° de abril, quarta-feira, no centro de Londres
CND (Campaign for Nuclear Disarmament, ou Campanha para o Desarmamento Nuclear): "Nós queremos enviar ao líderes do G20 uma mensagem clara sobre guerra e paz. Eles não conseguirão combater a crise econômica corretamente sem abordar as causas fundamentais da instabilidade entre as nações - por exemplo, a desconfiança entre Estados Unidos e Rússia sobre a expansão da Otan e o sistema de defesa anti-mísseis, que impede a cooperação em outras áreas."
"Nós queremos especialmente dar as boas-vindas ao presidente Obama e dizer que a agenda de paz, e não de guerra, de trabalhar em direção a um mundo livre de armas nucleares e de criar empregos, não bombas, é uma agenda popular na maior parte do mundo."
Stop the War Coalition: "Esta é a nossa primeira oportunidade de pedir uma mudança em relação às políticas de guerra do governo Bush."
"Nossa mensagem será: Sim, Nós Podemos... encerrar o cerco a Gaza e libertar a Palestina, retirar as tropas do Iraque e do Afeganistão, criar empregos, e não bombas, abolir as armas nucleares e parar de armar Israel."
British Muslim Initiative: "Enquanto o mundo vê com horror centenas de bilhões de libras sendo despejadas para resgatar estabelecimentos financeiros fajutos e cobrir bônus milionários para seus executivos, pouca menção é feita às centenas de bilhões de libras que continuam a ser despejadas na máquina de guerra global, que tira milhares de vidas a cada dia."
"A menos que a ocupação, em todas as suas formas, seja vista como uma manifestação repugnante da ambição humana e desejo de subjugar... e a menos que cuidemos para que a pobreza, a doença, o analfabetismo e a injustiça social sejam combatidos corretamente e de maneira responsável, nós jamais seremos capazes de solucionar a crise na qual o mundo está mergulhado pelo fracasso de suas principais políticas econômicas e instituições."
CLIMATE CAMP
"Nós temos como alvo a mais séria tentativa no curto prazo por parte de líderes mundiais de colocar a ideologia econômica à frente da realidade física, o uso de complexos mercados de carbono para tentar solucionar as mudanças climáticas."
"Além disso, este ano verá um novo acordo global para limitar as emissões o qual, sem grande polêmica, será um desastre ao estilo europeu e baseado no mercado."
"Colocar a sociedade em um novo rumo vai exigir um movimento social de escala global para mudar as ideias econômicas dominantes e implementar soluções que funcionem e ao mesmo tempo sejam socialmente justas. O dia 1º de abril (data do encontro do G20) será mais um passo importante nesta direção."
G20 MELTDOWN - Os principais objetivos desse movimento são tirar os banqueiros do poder, livrar o mundo de políticos corruptos, garantir emprego, moradia e um futuro para todos, tornar as pessoas patriotas pelo planeta, e não por países, acabar com o caos climático e fazer com que o capitalismo vire história. A coalizão planeja um protesto para o meio-dia na quarta-feira na City, o centro financeiro da capital britânica.
"Nós pedimos aos ministros do G20 que confessem seus erros e admitam que seu domínio global - o domínio do capitalismo financeiro - é o problema, não a solução para a atual crise econômica, ecológica e política."
"Enquanto neste momento há 2 milhões de desempregados somente na Grã-Bretanha, os ministros do G20 ainda resistem em nacionalizar os bancos e continuam a despejar trilhões no buraco sem fundo das dívidas podres dos banqueiros."
"Esses ministros devem dar lugar a governos pelo povo, para o povo e do povo ao redor do planeta."
"Sejamos patriotas pelo único país que temos: o Planeta Terra. Somente assim poderemos responder adequadamente à mensagem dos cientistas do clima sobre o perigo para a nossa biosfera, investindo em vida para nossos netos, não em morte e em guerras por petróleo."