Michael Bristow
De Pequim para a BBC News
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-Moon, disse que não será possível um acordo para o combate às mudanças climáticas sem uma liderança forte vinda da China.
"Sem a China, não vai haver sucesso em se criar um novo parâmetro para o clima global", afirmou Ban em um discurso em Pequim, nesta sexta-feira, em referência às expectativas de que se chegue a um novo pacto para substituir o Protocolo de Kyoto, durante uma reunião da ONU prevista para ocorrer no fim deste ano em Copenhague.
O secretário, no entanto, também elogiou os esforços da China até agora para promover o crescimento econômico sustentável e desenvolver fontes de energia renováveis.
"A China já se tornou um líder mundial nas tecnologias solar e eólica", afirmou. "Agora, o país pode inaugurar um novo caminho para o mundo e criar um novo caminho para a prosperidade com a energia limpa."
Energias renováveis
Segundo Yang Fuqiang, especialista em mudanças climáticas da organização ambiental WWF International, a China é o maior emissor de dióxido de carbono do mundo.
"Se o país continuar operando como está hoje, a China vai ser responsável por 25% ou mais das emissões de gás carbônico do mundo até 2030", disse o especialista à BBC.
Mas Yang reconheceu que a China já está tentando cortar suas emissões desenvolvendo fontes renováveis de energia.
O país também está melhorando sua eficiência energética, desenvolvendo energia nuclear e trabalhando de maneira a capturar e armazenar poluentes.
"A China espera fazer com que 15% de sua energia provenha de fontes renováveis até 2020", disse o especialista.
Segundo a ONU, o setor de energia renovável movimenta US$ 17 bilhões e emprega quase 1 bilhão de pessoas na China.
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