Rice e Lula discutem ampliação do conselho da ONU
13/03 - 9:00 am
A secretária americana de Estado, Condoleezza Rice, faz hoje, em Brasília, uma das mais importantes reuniões envolvendo o Brasil e os Estados Unidos. A agenda entre os dois países está dividida em assuntos de consulta em alto nível, como a discussão sobre a reforma do Conselho de Segurança da ONU, e questões diplomáticas de rotina, como o acerto de ponteiros para a reunião de segunda-feira da Organização dos Estados Americanos (OEA), em Washington, onde o organismo tentará pôr um ponto final na crise envolvendo Equador, Colômbia e o grupo guerrilheiro Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
O debate sobre o Conselho de Segurança (CS) não deve chegar a nenhuma posição definitiva, mas para o Brasil é um dos pontos mais importantes na relação com os EUA, pois a questão - concordaram duas fontes, do Itamaraty e da embaixada americana em Brasília - tem tido 'avanços pequenos, mas sensíveis'.
O desempenho diplomático e militar do Brasil no Haiti e na recente crise envolvendo Equador e Colômbia está 'amolecendo' a posição dos EUA sobre o Conselho de Segurança. Em público, nos fóruns internacionais, o governo americano ainda resiste à idéia de uma ampla reforma do CS e apóia apenas a inclusão do Japão como novo membro permanente. No bastidor, há sinais de que o governo americano poderá aceitar a ampliação do número de membros plenos.
A discussão prática do encontro bilateral vai ficar mesmo por conta da crise sul-americana deflagrada com a operação de militares colombianos, na madrugada do dia 1º, que invadiram o território equatoriano para atacar um acampamento das Farc. No bombardeio, 24 guerrilheiros foram mortos, entre eles Raúl Reyes, número 2 do grupo rebelde.
O chanceler Celso Amorim e a secretária de Estado americana tratarão ainda da instabilidade política e social no Timor Leste, da situação no Haiti, da cooperação trilateral (Brasil, EUA e Guiné-Bissau; Brasil, EUA e São Tomé e Príncipe...), além de trocar informações sobre as viagens que os dois, separadamente, fizeram no mês passado por vários países do Oriente Médio. A parte comercial está fora da agenda de Condoleezza.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo
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